Sem piegas e sem clichês, mas a frase que mais é dita na roda do trabalho, nas reuniões de família, nos feed de notícias, até na mesa de bar é: “Quando se encontra o amor”? E aí o assunto se torna interminável. Palpites de todas as formas são soadas, contraposta com as ideologias do que cada um acredita de acordo com a situação amorosa que se viveu.
Não dá para ser absoluto quando pensamos em amar, um dia você vai encontrar alguém e vai sorrir para si, vai conversar e se esgotar de todos os assuntos, e mesmo assim pedir para ficar ali ao lado dele. No dia seguinte, vai fazer todas suas obrigações pensando nesta pessoa, vai tomar sorvete, ir ao parque e descobrir uma afinidade e então nascerá a amizade acompanhada da paixão.
A amizade é o primeiro estágio do amor, ela evolui o dom de amar durante um namoro e faz de nós seres de grande valor. Depois, vem as diferenças da vida que para conhecer o amor precisam ser superadas. Como? Discutindo relação, se incomodando, brigando, com ciúmes, com raiva, subindo em uma montanha e gritando bem alto que amor também é desespero e essa é apenas uma fase cruel, mas que vai passar.
De repente você se ver longe de alguém que sente falta e a saudade é uma coisa boa, ela bate e te faz vivo para boas lembranças que formam caminhos para o amor chegar. E o amor está ali, como dizia Drumond: ‘’ o amor bate na aorta ‘’.
Amor tem a ver com o tempo, com a sorte, com a paciência de viver um dia de cada vez sem mesmo ter fôlego para respirar o dia de amanhã. É o ódio e o carinho carregados pelas mesmas mãos. Um dia você vai encontrar alguém para cuidar, curar algumas feridas e se libertar na própria prisão em se realizar ao lado dele.
Não há nada de absoluto quando encontramos alguém. Mas é preciso acreditar que o acaso nos traz àquilo que não necessariamente estamos preparados para viver. Pode ser amor, ódio, saudade… O importante é encontrar e ser encontrado na variedade que é o amor, pois óbvio ele nunca será e, é essa tal obviedade que o torna tão especial. Um dia você encontrar alguém que vai te fazer tirar os pés do chão sem ser mais um na multidão.
(*) Renan Caldas é jornalista e estudante de Direito em Rondonópolis
