24.8 C
Rondonópolis
 
 

Eles estão voltando

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

A agricultura, na acepção econômica da palavra, é uma atividade que exige especialização e muito conhecimento científico. O Brasil ingressou no Século XXI com uma agricultura moderna, eficiente e sustentável. O setor primário da economia verde-amarela tornou-se a locomotiva do desenvolvimento econômico e, graças a ela, a balança comercial tem se mantido superavitária.
A universidade, a agroindústria e, em especial, o Sistema S investiram fortemente na qualificação profissional dos produtores rurais nas últimas décadas. A família rural foi alvo de muitas ações. A propriedade rural passou a ser tratada como uma empresa orientada por visão empreendedora e gestão profissional. Programas de alta performance do Senar, Sebrae, Sescoop, Secretaria Estadual da Agricultura via Epagri e Ministérios da Agricultura e da Educação levam ao campo os melhores instrutores e as melhores técnicas, fazendo das lavouras, pradarias, estábulos, aviários, criatórios de suínos a sala de aula para transmissão e aplicação do conhecimento em um dos mais bem-sucedidos sistemas de ensino-aprendizagem.
Nos últimos anos, os treinamentos de curta duração deram lugar a cursos técnicos, tecnólogos e superiores de excelente qualidade, ministrados de forma híbrida, com aulas presenciais e à distância mediante o emprego combinado de tecnologias pedagógicas e comunicacionais.
Um dos efeitos mais notáveis desse grande esforço de qualificação do campo é o retorno dos jovens ao meio rural. Eles saíram de casa em busca de formação profissional e/ou emprego nas ondas do êxodo rural que ameaçavam esvaziar os campos. Por que estão voltando? Porque novas oportunidades surgem no universo rural. De um lado, grandes cadeias produtivas – apesar das oscilações do comportamento do mercado – mostram-se capazes de gerar receitas de forma relativamente estável e promissora, financiando o bem-estar das famílias rurais. É notório que a avicultura e a suinocultura industrial, a bovinocultura de leite e corte, grãos, frutas, flores etc. injetam muita riqueza nas respectivas regiões.
De outro lado, as oportunidades surgem em maior profusão no campo. Novas agroindústrias de pequeno, médio e grande portes, empreendimentos de ampliação da base produtiva, oferta de formação profissional direcionados à pecuária e à agrossilvicultura – tudo converge para valorizar quem produz e quem deseja trabalhar no vasto arco da agricultura e do agronegócio.
Investimentos sustentados por capitais financeiros nacionais (e muitas vezes das próprias microrregiões) e oferta de trabalho num ambiente de consistente retorno econômico – essas são as condições que estão emoldurando o quadro no campo. Renda é tudo. Onde há possibilidade de renda continuada, capaz de sustentar qualidade de vida, haverá agente econômico motivado.
Entre tantas outras, a percepção de que os jovens estão retornando evidencia-se em duas ações de enorme repercussão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural: o AteG programa de assistências técnica e gerencial e o curso de formação de técnicos em agronegócio. A maior parte dos candidatos é formada por filhos de produtores rurais e já conta com curso superior. A totalidade deles atua diretamente no campo. Eles estão voltando. E isso é bom para a economia e para o País.

(*) José Zeferino Pedrozo é Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

“Acordou”: Caos leva Pátio a despachar na Saúde

Não é de agora que a saúde pública em Rondonópolis não vai nada bem. O que se ouve diariamente,...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img