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Desistir sempre é mais fácil

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Como seres humanos e a sociedade que pertencemos, somos colocados à prova diariamente. Em alguns momentos somos efetivamente testados como pessoas, pais, profissionais e até mesmo como espécie.
Quinta-feira, por exemplo, é comemorado o dia da água. Importante para lembrar-nos do dever, como espécie, de fazer uso adequado, de atuar na preservação, de apoiar iniciativas de desenvolvimento tecnológico, e principalmente de economizar esse bem.
Representa uma tarefa hercúlea, quando o mundo dá sinais de não se importar efetivamente com isso, mesmo sabendo que, em última instância, é ele que nos permite viver nesse planeta.
Travamos diversas lutas diárias permeando entre o desistir e o avançar. Desde uma simples, mas fundamental, batalha para educar (criar é fácil) corretamente nossos filhos, até lutas para mudar hábitos simples nossos e de nossa sociedade. Muitos, para não dizer a maioria, fraquejam e alguns até desistem.
Nesse sentido, recorro a um termo que nutro simpatia e serve como um bom indicador da capacidade de avançarmos, mesmo em tempos difíceis, com forças organizadas trabalhando na direção oposta: a resiliência.
Sem ela perdemos boa parte das batalhas que de fato possam ser importantes na nossa vida. Sem resiliência não somos sequer capazes de conquistar a pessoa amada. Nossos filhos inclusive requerem muito da nossa resiliência para que se tornem pessoas respeitadas.
Diariamente somos instigados a desistir de nossas lutas e seguir com a manada. Apenas os tenazes são capazes de se manterem firmes nos seus propósitos e muitas vezes fazer o inimaginável.
O físico, Stephen Hawking, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, falecido dia 14 deste mês, é apenas um exemplo luminoso da nossa capacidade de persistir e destruir prognósticos sombrios.
O brasileiro em particular, apenas sobrevive se for eternamente resiliente. Ocorre que não somos tenazes o suficiente e por isso inventamos o famigerado ‘jeitinho brasileiro’, para driblar os outros, quando na verdade estamos enganando a nós mesmos e a nossa incapacidade de sermos competitivos.
A luta é planetária. Sempre teremos pessoas que nos encorajarão a desistir, apontando motivos diversos para que não logremos êxito. Até porque no fundo, a vitória improvável do outro é muitas vezes a prova da nossa própria incompetência.
Por óbvio, desistir ou ser cético, até mesmo pessimista, é sempre mais fácil. Difícil é se manter reto e firme nas convicções, nas metas e nos objetivos. Nunca a resiliência foi tão importante para a humanidade como agora. Muita coisa há por fazer.
Mas você não se torna um resiliente efetivo da noite para o dia. Muitas vezes é necessário paciência, várias tentativas e algum tempo. Mas, quando você começa a perceber o sucesso, as vezes com pequenas atitudes, vendo que elas funcionam, toma-se gosto, a dopamina começa a fazer efeito no cérebro, sentimos prazer, e a partir de então, as coisas começam a fluir naturalmente.
Isso vale para perder peso, para estudar uma matéria difícil, criar o hábito da academia, dentre outros. Quando você enfrenta os problemas e percebe que é melhor do que se esquivar deles, quando negocia os embates ao invés do enfrentamento bruto, quando perde uma luta, mas não perde a guerra e os resultados do seu esforço começam a aparecer, você se tornou um resiliente. Parabéns.
Até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante – [email protected].

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