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Um novo partido pra cidade (II) – unindo forças

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Eleri - cabeçalho - 02-02-15
12/04/2016 – Nº 407 – Ano 10

Basta um olhar um pouco mais atento e veremos que ainda não chegamos ao fundo do poço em relação a crise política e econômica. Muita água ainda vai rolar embaixo da ponte. Enquanto isso, por aqui, para enfrentar a situação, estamos prontos a fazer mais do mesmo. Em frente. Vejo que começou a fase dos balões de ensaio. Cada partido lançando os seus cavalos no páreo de logo adiante. Mas nada efetivo ainda, apenas os primeiros movimentos, de parte a parte, no tabuleiro.
De pronto, nada novo ou que efetivamente valha a pena discutir foi apresentado até agora. Ademais, salvo alguma manobrinha aqui outra ali para ganhar mais espaço ou mesmo a eleição, não há sinais de que ainda venha a surgir algo realmente novo e dinâmico para a cidade, até outubro. Assim, posto desse jeito, parece que os candidatos apresentados previamente não sejam bons ou não tenham capacidade. Não é meu interesse avaliar alguém. Pelo contrário, creio que vários possam reunir algumas competências e intenções (sim, é preciso no mínimo as duas coisas) para governar satisfatoriamente.
Mas, para a envergadura do que penso necessário para Rondonópolis (reunir a cidade em torno de um projeto de desenvolvimento), fazer da crise uma oportunidade, atingir efetivamente altitude de cruzeiro no médio e longo prazo (fazendo o óbvio no curto prazo), ainda faltam consistência sistêmica e robustez de liderança para os grupos que se apresentam. Cumpro meu dever cívico de jogar lenha na fogueira e propor algo que faça a adrenalina da população circular mais rápido e em maior quantidade. Merecemos, como município, algo diferenciado, à frente do nosso tempo talvez, ou utópico, como alguns aventam. Eu afirmo apenas de que precisamos algo ‘mais inteligente e fora da disputa rasa de pessoas e partidos’.
Sei que unir interesses em torno de alguém requer primeiro que esse alguém inspire as pessoas a se despirem dos interesses pessoais em prol da maioria. De outro, que efetivamente represente os anseios, não de um grupo, e sim da sociedade. E em terceiro, seja capaz de apresentar um projeto de governo (longe de um projeto de poder). Ocorre, que como de resto no país, aqui também vivemos uma crise de liderança. Por ora, não vejo ninguém capaz de reunir interesses colaborativos genuínos para com nossa cidade fazendo com que os demais franqueiem sua imagem em prol dessa pessoa.
Como acontece a cada ano eleitoral e na lógica dos preceitos democráticos, os que se apresentam até agora estão sob o manto dos partidos estabelecidos, mas não apresentam envergadura capaz de mover uma cidade. É óbvio que em política tudo ainda pode mudar, mas alguns são contestados inclusive dentro das suas próprias agremiações.
Chegou a hora de fazermos diferente. Fora o bairrismo míope não somos nada diferentes de outras cidades. Tenho orgulho daqui e defendo semanalmente esta cidade nas relações pessoais e profissionais com pessoas e empresas de outros lugares. Mas muitas vezes também tenho vergonha, quando o óbvio está embaixo do nosso nariz e não é resolvido. Não temos grandes particularidades que nos permitem relaxar, se quisermos realmente desenvolver e sentirmos orgulho genuíno, que não seja apenas motivado pelo local de nascimento. Fazer coisas grandiosas move outras pessoas e organizações a fazer o mesmo.
O nosso desafio se chama desenvolvimento (além do crescimento) e isso requer muito mais do que governos populistas e ações de curto prazo que deixam ônus de médio e longo prazo, para os que vierem depois. Semelhante aos que temos visto por estas bandas.
Como já disse aqui: crescemos apesar dos governos. Mas desenvolvemos pouco. Muito aquém pelo menos do nível que poderíamos e gostaríamos. Do mesmo modo que no âmbito federal, localmente falta envolvimento para que de uma vez por todas os partidos e os políticos, por um momento (apenas por um momento), abandonem os interesses pessoais e da agremiação para pensar conjuntamente.
Desculpem minha generalização. Mas está faltando entendimento da nossa real situação e das necessidades, união de interesses e desapego.  Os partidos e os políticos são apenas reflexo da nossa sociedade. Tomemos como exemplo as organizações representativas e veremos quanto a política do cada um por si vigora no seio de nossa sociedade. Cada um com os seus projetos e seus interesses. O coletivo fica em segundo plano e apenas quando convier. Todos cheios de mimimi.
Se quisermos ser e parecer diferentes, precisamos fazer diferente no curto, médio e longo prazos. Nas próximas eleições voto nos representantes do Partido Rondonopolitano Único.
Boa semana e até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante –
[email protected].

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  1. Bela reflexão do atual momento. Concordo em número, gênero e grau. É preciso encontrar um novo caminho para um desenvolvimento sustentável de nossa cidade. Existem pessoas muitas capazes por aqui, elas só ainda não entenderam que podema fazer a diferença quando adentrarem dentro do sistema.

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