Hoje vivenciamos fatores históricos para nossa economia, causados por uma crise sem precedentes que superam as expectativas e que nos deixa cada vez mais próximos do colapso econômico e político no país, e tudo isso vem após um longo período de desenvolvimento econômico e social. Podemos atrever a dizer que esta crise é causa da falta de competência de nossos gestores no zelo com a “coisa” pública que apenas sabe tributar e/ou criar novos tributos, e que nos últimos anos não se empenhou em acompanhar a evolução dos mercados e ousar mudar a política econômica.
Atualmente, o país possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, no qual todo esse dinheiro simplesmente vai para o “ralo” nas mãos de uma administração incompetente, desqualificada e sem estrutura para administrar seus recursos. O governo este que se apropria de quase 70% da renda de seus cidadãos, através do Imposto de Renda, contribuições sociais e sindicais, taxas e impostos sobre qualquer produto e serviço, assim elevando os custos de produção e dificultando, sobremaneira, o desenvolvimento da economia privada.
A real função do Estado é guiar a sociedade para que ela se desenvolva, o governo nos faz pagar preços exorbitantes por produtos em que o preço real seria bem inferior, podemos começar falando sobre as tributações sobre veículos automobilísticos que possuem as maiores cargas tributárias do mundo. Nos dias de hoje os veículos não são usados apenas para passeio, o qual era a finalidade inicial. Podemos lembrar aqui de uma frase dita a algumas centenas de anos e que atualmente, ainda é válida: – A riqueza de uma nação provém do trabalho. Como podemos observar, um carro ou uma moto são utilizados para a trabalho, mais que qualquer outra, e sabemos que o que aquece uma economia é a velocidade com que a moeda circula no mercado, e para a moeda girar precisamos acelerar a ritmo das pessoas e da comunicação dentro da sociedade. Quanto mais rápido e eficiente a comunicação dentro de uma sociedade mais rápido a moeda circula e o mercado se aquece.
Para as pessoas que usam o transporte coletivo como o principal ou único meio de transporte e para uma sociedade que almeja se tornar desenvolvida deve primeiramente estruturar seu sistema de transporte público. Podemos definir que o sistema de transporte coletivo é o espelho de uma sociedade, se temos um transporte público eficiente podemos facilitar o meio de transporte das pessoas fazendo com que possam descansar mais, e evitar que se estressem por perder horas para fazer algo que levaria minutos, ter melhores resultados no ambiente de trabalho o que gera melhor performance para nosso mercado de produção, além de acelerar a forma com que essas pessoas circulam dentro de uma sociedade.
Em um contexto já observado pela sociedade que por sinal é válido nos países desenvolvidos define que: – Um país rico, não é onde o pobre tem condição de comprar ou financiar um carro. País rico é onde todos (pobres e ricos) usam o transporte coletivo, diga-se de passagem, transporte coletivo de qualidade.
Agora trazendo para nossa realidade temos uma péssima infraestrutura urbana e rodoviária, sem falar na qualidade do transporte público já citado cuja maioria do pais é usado apenas ônibus, e aqueles que conseguem fugir da necessidade do uso de transporte público enfrentam sérios problemas para manter seu veículo próprio. Vemos veículos sendo apreendidos todos os dias pela polícia, porque apresentam mau estado de conservação ou os documentos atrasados, e se uma pessoa os documentos de seu veículo estão atrasados não é porque ela quer, e sim porque ela não tem dinheiro para pagar, e o que o Estado faz?
Ele se apropria do bem e o conduz a um pátio para ser sucateado. Um ponto de vista a ser observado é que aquele cidadão usava esse veículo para se locomover dentro da cidade. Vamos pegar como exemplo se ele usava uma moto para trabalhar do outro lado da cidade, e agora que ele perdeu seu veículo e está impossibilitado de trabalhar? Em uma frase dita pelo estudante de Ciências Econômicas João Velasco: – É em tempos de crise que observamos os defeitos do nosso modelo de sistema político, econômico e social, mas só haverá uma real mudança quando nosso Estado não agir em benefício de si próprio e, sim na melhoria do bem comum.
Sabendo que o trabalho gera riqueza e a velocidade com que a moeda circula na economia fica em função da velocidade com que as pessoas e a informação circula na sociedade, podemos concluir que um dos motivos pelo qual nossa sociedade não consegue se desenvolver é porque o Estado com tantas interferências no mercado consegue impedir a velocidade de ação de seus agentes, diminuindo nossa qualidade de vida, pensando apenas no acúmulo de riqueza pela União, se contentando em ser uma das maiores economias do mundo e não garantindo nosso bem estar social.
(*) Ritylle Gonçalves de Paula, acadêmico do Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT, e-mail: [email protected] sob a orientação do Prof. Dr. Ney Iared Reynaldo, docente dos cursos de Licenciatura em História e do Bacharelado em Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT. E-mail: [email protected]
