Na minha cabeça
Toca uma fanfarra eterna,
Um zumbido,
Que nunca hiberna.
Revejo,
Pela milionésima vez
Sua imagem,
A última, talvez.
Esse desejo insano
Enlouquece-me.
Tento jogá-lo no pretérito.
Crio codinome.
Fito seus olhos,
Fulmino seus óculos
Sem rubor.
Quero seus ósculos.
Essa minha anomalia…
Sinto-a fria.
Guardo novamente,
Sua bela fotografia.
(*) Hermélio Silva é escritor e membro fundador da Academia Rondonopolitana de Letras, cadeira número 6