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Vida versus Morte

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Viva! Imperativo mais do que essencial num mundo em que apenas se existe, assim como se ouve, mas não se escuta; olha, mas não se vê; percebe, mas não se sente! E a vida implica morte, e pensar nessa possibilidade faz-nos pensar na imortalidade, que biologicamente é impossível, já que a vida é o intervalo entre o nascimento e a morte. E é a partir de então que podemos pensar na eternidade enquanto legado. O que será de mim quando morrer?
A morte não simboliza o fim de fato, mas é um processo que ocorre enquanto há vida, pois viver implica também os vestígios que se deixa quando não se existe fisicamente. Pode-se estar morto ainda em vida! E pensar nisso nos faz pensar na vida, e repensar como essa está sendo experimentada. Assim, o que é de mim enquanto estou vivo?
No útero de nossa mãe, temos o conforto de uma vida segura, portanto ainda distinta daquela que passamos a ter após o nascimento, em que todo o conforto é deixado para trás, como em um nó existencial, uma nova fase, na qual se vive de fato, pois se “anda com as próprias pernas”.
É importante notar que uma vida morna pode representar um estágio decadente para a morte, para o esquecimento, ainda em vida! A superficialidade e o simples existir não correspondem ao viver e ao aproveitar o momento. Nesse mundo de rotinas martirizantes o tempo nos comanda, de forma que as cordialidades simplórias são ignoradas ou submetidas ao depois.
O corpo é mecanizado de acordo com as conveniências do que se tem como importante, sendo que na maioria das ocasiões um “por favor” ou “obrigado” não ocupam o espaço das preferências humanas. Esse fato remete-se ao eu enquanto ser que existe no mundo terrestre, ao legado que produzo constantemente e, por vezes, inconscientemente. Serei o que deixarei enquanto lembranças! Não especificamente sob o ponto de vista materialista de ver o mundo! Pois, afinal a única coisa que podemos levar da vida é a vida que levamos!
Perceber também que o nosso legado fica e ficará com aqueles que convivemos, e saber que a dádiva de viver demanda a vivência harmônica e solidária com o próximo, pois como diz o filósofo Cortella: “nós somos de uma única asa”, mas e o porquê? Vida?

(*) Marcio Martins é psicopedagogo Dr.(t) em Ciência da Educação/UNC – [email protected]

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