A voz embargada na prece,
Na mensagem tão curta emudece.
O corpo na cama cansado,
Chuva fina molhando o telhado.
Em mim o semblante triste,
Depois da partida persiste.
Na lembrança o filho brincando
E a saudade em tudo gritando.
O sono demora bastante,
Seu corpo repousa distante
Longe da minha pessoa.
A matéria adormece deserta,
A alma reluta e desperta,
Em busca de ti ela voa.
(*) Gilson Lira, escritor, poeta e membro da Academia Rondonopolitana de Letras