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, 15 maio 2024
 
 

Um ano para ter paciência e melhorar a produtividade

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Eleri _U

Sabe-se que para a maioria dos empresários e trabalhadores este ano será curto e menos produtivo que o já pouco produtivo ano trabalhado brasileiro. Não é novidade para ninguém que somos o país (dentre os de relevância econômica mundial) que apresenta produtividade apenas mediana.
Produtividade é um termo técnico, uma medida, que define a relação entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados para isso. Além dos fatores de produção propriamente ditos como gente, máquinas e insumos, por exemplo, existe sempre uma razão de tempo que a cada dia se torna mais importante para definir produtividade.
Nesse quesito em especial (o tempo gasto para fazer as coisas) é que como país, ainda ficamos devendo. O pessoal da FIFA sabe muito bem o que é isso e a dor de cabeça que dá fazer o brasileiro cumprir as metas. É claro que somente muito lucro justifica aceitar um risco dessa natureza.
Este ano será ainda menos produtivo que os demais, além de mais tumultuado. Não só pelo advento da copa do mundo de futebol (o carnaval já está assimilado, mas somado ao efeito dos demais eventos poderá será mais pernicioso), mas porque ainda teremos as eleições que sofrerão o impacto do que vai ocorrer antes.
Poucas vezes fomos capazes de juntar três eventos dessa envergadura e com tamanha capacidade de mobilização e importância recíproca. É verdade que o impacto do resultado da nossa seleção de futebol sobre a política tende a ser muito menor que na década de 1970, por exemplo, notadamente porque se imagina que o nível cultural e de crítica também tenha melhorado muito. Mas ainda tem sua importância.
Como diz o técnico da seleção americana, o ex-craque Jurgen Klinsmann, este será um mundial da paciência. “Não será perfeito para ninguém. Nada no Brasil será à maneira alemã como em 2006, onde tudo estava pronto a tempo e preparado para receber toda a gente. Vai haver atrasos, desafios logísticos com hotéis, campos, estádios ou outra coisa qualquer”.
Mesmo assim, depois de assumido o compromisso de fazer um evento dessa natureza, com duvidosa competência e capacidade financeira, ele vai acontecer.
Ocorre que, somado a isso tudo, entramos o ano de 2014 com um cenário econômico não muito otimista internamente. O próprio governo já reconheceu a dificuldade em controlar a inflação que se mostra teimosa, além de melhorar alguns indicadores que são caros para qualquer país, a começar pela balança comercial que encerrou vexatório o ano de 2013.
Além dos problemas internos ainda teremos de lidar com a influência econômica nefasta motivada pela leniência dos nossos vizinhos e parceiros comerciais. A começar pela Argentina que teima em descer a ladeira cada vez mais rápido desde a década de 1950. Fato que tem se tornado evidente nos últimos governos.
Tivemos vários avanços no país ao longo dos últimos 20 anos, mas ainda falta muito e vale lembrar que ano eleitoral nunca foi um período adequado para fazer o que precisa ser feito. Notadamente porque as medidas implantadas nesses momentos normalmente tem a eleição como horizonte e as de longo prazo são preteridas. Ainda não tomou posse o governo capaz dessa proeza no Brasil.
Em pesquisas recentes sobre o otimismo do empresariado mundial e local sobre a economia apresenta-se uma visão distinta: enquanto o brasileiro está reticente e menos confiante que antes, no ambiente mundial a visão é de recuperação e otimismo.
Mesmo assim, creio que o momento é de mobilização e de aproveitar a exposição que teremos. Nesse sentido, entendo também que será um ano de oportunidades e talvez de demonstrar nossa capacidade de adaptação e de fazer e decidir na véspera. Algo que teremos, mais do que nunca, que confirmar agora. Vale lembrar que na sequencia veem as olimpíadas.
O evidente é que num ano onde poderemos enfrentar turbulências e grandes oportunidades surgirão, o mais adequado para as empresas e os profissionais, cujo objetivo é crescer e se destacar, está em investir no preparo. Produtividade e eficácia será o tema do ano. Tanto nas empresas como no futebol.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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