Somos da etnia Brasil
E hoje comemoro meu dia
Sou índio pela miscigenação
Minha dança é de alegria.
Levante agora sua bandeira
Você não é menos importante
Dezenove de abril o nosso dia
Uma sexta-feira marcante.
O meu lar é minha aldeia
E aqui farei minha festa
Sou índio com muito sangue na veia
Que adora caçar na floresta.
Vai ao rio buscar a pesca
Pra seu meio de subsistência
Arco na mão e dispara a flecha
Sou índio pela ciência.
Pois muito cedo eu aprendi
Caçar no mato meu alimento
Na oca armar a rede e dormir
Ouvindo o segredo do vento.
Mas se o perigo ronda a aldeia
Deito com o ouvido no chão
A valentia aquece a pestana
Estou pronto pra decisão.
Darei um grito de alerta
E toda aldeia vai acordar
Assim a guerra estará aberta
Verá um índio lutar.
Sou guerreiro por natureza
E tenho a nudez da minha terra
Minha índia rara beleza
Como as orquídeas da serra.
Hoje pintarei o meu corpo
E farei parte de todo evento
O terreiro será meu porto
Tenho a crença no pensamento.
(*) Francisco Assis Silva é bombeiro militar em Rondonópolis – Email: [email protected]