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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Tecnologias educacionais assistivas (Projeto de Pesquisa TEA-Club)

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Quem utiliza recursos mediados por tecnologia frequentemente, em sua vida profissional e pessoal, considera que os mesmos sejam fáceis de utilizar. Contudo, existem pessoas que além de não possuir acesso diário a um computador, ainda necessitam de tecnologias assistivas que promovem a acessibilidade de utilização desses recursos usuais. Um exemplo de tecnologia assistiva são os softwares leitores de tela, que transformam texto em fala, para que pessoas cegas possam aprender/conhecer conteúdos disponíveis em materiais digitais.
Considerando esses aspectos, o ideal seria que qualquer programa de computador (ex: editores de texto, browsers) e qualquer equipamento eletrônico (ex: computadores, celulares, câmeras digitais, tablets) fossem imaginados/projetados para qualquer tipo de pessoa. Isso se chama Design Universal! No entanto, o que geralmente ocorre são produtos projetados, e disponibilizados no mercado, para grupos de pessoas que tem potencial de consumo maior, as pessoas ditas “normais”. Essa perspectiva de lucro ocasiona na exclusão ao acesso desses produtos pelos grupos minoritários.
Assim, tendo em vista a minimização desses problemas, o projeto de pesquisa “Estudo da Interação Homem-Computador com foco no Uso das Tecnologias Assistivas na Educação: TEA Club”, registrado na Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) sob o número 405/CAP/2011, foi elaborado e se encontra em desenvolvimento. O objetivo deste projeto é o de buscar, projetar, avaliar e divulgar as tecnologias educacionais assistivas, que possam auxiliar as pessoas com algum tipo de necessidade especial durante o processo de ensino-aprendizagem, seja este formal ou informal.
O projeto TEA-Club foi idealizado e vem sendo coordenado pela professora Soraia Silva Prietch que, atualmente, está cursando Doutorado em um Programa Interinstitucional, o qual integra a parceria entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Sua tese está sendo desenvolvida sob a orientação da professora Dra. Lucia Vilela Leite Filgueiras, conferindo enfoque especificamente para as necessidades educacionais de pessoas surdas.
O projeto TEA-Club vem contando com a valiosa participação e contribuição de:  06 (seis) alunos do curso de Licenciatura Plena em Informática da UFMT/Rondonópolis: Ana Paula Macauba D. S. Silva, Liana Stéfanie L. Mesquita, Luiz Antonio G. de Oliveira, Moisés A. de Barros, Naiane Siqueira Alves, e Napoliana Silva de Souza;  09 (nove) profissionais intérpretes (LIBRAS/Português): Ézer Lima, Josimar Cézar, Hélder Henrique S. Siqueira, Josimari Souza, Laine Gutierres, Samadar Polinati Lopes, Shirley Lopes M. de Oliveira, Thais Polinati Lopes, e Wallison Fernando R. da Silva;  professores do CEFAPRO/Rondonópolis: em especial, a educadora Liliane Oliveira; alunos do NEATI/UFMT; e,  a comunidade surda de Rondonópolis.
Além disso, é válido destacar que, o presidente da Associação de Surdos de Rondonópolis (ASUROO), Sr. Adilson de Moraes, e também o professor Gleison Rocha vêm auxiliando na divulgação das ações de pesquisa do projeto TEA-Club junto à comunidade surda. Com esse auxílio, torna possível formar uma grande rede de amizade e colaboração para a concretização de benefícios mútuos.
Neste contexto, cabe salientar que a participação das pessoas com necessidades especiais é extremamente importante, pois são estas que fornecem informações a respeito de suas reais necessidades, desejos, anseios e objetivos no contexto do uso de tecnologias. Considera-se primordial que o grupo de pesquisadores proponha melhorias ou crie novos produtos computacionais a partir do conhecimento obtido sobre as características específicas do público-alvo.
Em 2012, os pesquisadores do projeto têm se concentrado somente em ações voltadas para pessoas da terceira idade e da comunidade surda de Rondonópolis, sendo que a participação das mesmas tem ocorrido das seguintes formas: (1) Questionários/Entrevistas: para obter informações sobre o público-alvo, saber sobre: o uso de computadores e outras tecnologias, suas necessidades, e seu processo de aprendizagem; (2) Pesquisas de opinião: para que o público-alvo possa indicar, dentre duas ou mais opções, qual preferem. Podendo ser na escolha de instrumentos de avaliação, ou de tecnologias; ou, (3) Avaliações de programas de computador: nas quais o participante utiliza um ou mais programas de computador, e responde a alguns questionamentos sobre suas percepções, preferências, e dificuldades.
Nos próximos anos, pretende-se dar continuidade com os estudos relativos ao projeto, porém tendo como uma das metas a ampliação da participação de colaboradores que estejam interessados em proporcionar melhorias no processo de projeto, desenvolvimento e avaliação de tecnologias assistivas.
A coordenadora do projeto estará em São Paulo no segundo semestre, em afastamento das atividades da Instituição de origem (UFMT), porém abre o convite para colaboração à população rondonopolitana para iniciar e consolidar parcerias, se comunicando através das redes sociais e por e-mail.

(*) MSc. Soraia Silva Prietch ([email protected]) Professora dos Cursos: Licenciatura em Informática e Sistemas de Informação/UFMT/Rondonópolis

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