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, 17 maio 2024
 
 

Falta para os profissionais

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Cada vez que converso com um empresário sobre o mercado de trabalho e a disponibilidade de recursos humanos (inclusive os terceirizados) ouço a mesma reclamação: há muito espaço, mas faltam bons profissionais.
Comecei a dar mais atenção sobre o que é um bom profissional, mas principalmente o que falta para aqueles que não são se tornarem um que seja disputado pela concorrência e logre êxito nos seus objetivos.
Somam-se os resultados da formação que oferecemos aqui no IBG e o excelente público que busca conhecimento privilegiado nos cursos, e tem-se percebido cada vez mais uma sequência lógica nesse sentido. Procuro resumir as percepções, lembrando que não há compromisso de encerrá-la, apenas fruto de observação.
Penso inclusive que todos nós deveríamos nos ater a identificar esse ciclo e praticá-lo, melhorando com isso a própria sociedade, o que envolve todos os setores e profissionais, inclusive os empresários.
Em primeiro lugar, é conhecer as competências e habilidades, ou dito de outro modo, ‘saber o que se sabe’. Nesse aspecto conta muito a experiência adquirida ao longo da própria vida profissional e a formação sólida, para com isso entender as suas fraquezas e virtudes.
Posteriormente, é fundamental entender o ambiente em que se atua, o conhecido ‘estado da arte’ de sua atividade ou profissão. É importante ‘saber o que precisa saber’ buscando prestar atenção aos conhecimentos que são demandados ou que serão requeridos em breve para poder atuar melhor e continuamente.
Essa tarefa é relativamente mais fácil a cada dia que passa, dado ao ambiente informacional frequentemente mais acessível à todos. Basta que o profissional esteja atento aos sinais do mercado e ele saberá o que está acontecendo e o que ainda virá. Se não na totalidade, terá bons indícios à seguir.
Também é verdade que as profissões e suas demandas são cada dia menos estáticas, mais dinâmicas e efêmeras, e por isso cada vez mais importante que essa atenção e a busca por conhecimento seja intensificada por cada profissional que procura destaque na sociedade.
Em terceiro lugar e talvez o mais doloroso para muitos, principalmente aqueles que já possuem alguma experiência e um modelo mental arraigado, difícil de mudar, é ter humildade para reconhecer que precisam aprender e reaprender continuamente. O próprio medo de reconhecer que não sabem o suficiente ou que agora, diante da mudança rotineira, precisam buscar diariamente, já é um desafio enorme. O que muda de antes é que nesse instante precisam reorganizar conhecimento relacionando o ‘saber o que se sabe’ com aquele que o ambiente demanda ou vai demandar.
Isso é tão sério que, a título de exemplo, chegamos ao cúmulo de ouvir relatos de que contadores desaconselharam empresários (seus clientes) a participar de cursos sobre SPED com uma das maiores autoridades do país na área, por acreditar que seria tempo perdido.
Algo esdrúxulo, justamente num momento em que todo o país discute este novo sistema que impacta o ambiente empresarial de norte a sul, tanto do ponto de vista da concorrência como nos aspectos civis. Pode ser uma inábil tentativa de reserva de mercado desses profissionais ou mesmo uma reação desastrada a um ambiente novo, procurando negar o fato.
Em quarto lugar, tem faltado aos profissionais praticar o TTC (Tirar o Traseiro da Cadeira), ou dito de outro modo, sair da zona de conforto. Perceber e agir, se capacitar, correr atrás de sanar as suas deficiências, ou melhor ainda, se antecipar a deficiências vindouras.
Já temos profissionais que entenderam que a formação é vitalícia e continuamente se capacitam e recapacitam, sem receio de empreender esforço inócuo ou parecerem inábeis.
Por fim, em quinto lugar é necessário saber se vender, dizer para o mercado o que você sabe, o conhecimento sobre o qual é capaz de gerar maiores resultados e quais são os seus diferenciais competitivos que podem ser emprestados para as empresas. O que, por fim, parece ao retornar ao primeiro ponto parece iniciar um círculo virtuoso.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É Diretor de Relações com o Mercado do IBG, professor e palestrante –  [email protected]

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