Hoje, a bem da verdade, há que se reconhecer que Taborelli já não é mais ‘unanimidade’ em nossa cidade, e isto ficou comprovado pelas diversas manifestações, através deste mesmo diário, de leitores contrários à sua volta como comandante geral da PM em nossa região; contudo, da mesma forma, não há como negar que ele, por sua simpatia e simplicidade, forma arrojada e decisiva de ação, ainda aglutina a preferência da maioria esmagadora da população, que deseja o mais breve possível o seu retorno a esta cidade, ainda que a contragosto dos gratuitos adversários ou concorrentes políticos.
Não há como deixar de reconhecer que Taborelli realizou um trabalho diferenciado na história da segurança pública desta cidade: revelando-se um militar operoso e grande estrategista, enfrentou com destemor e sagacidade todos os obstáculos que encontrou pelo caminho – dos mais simples (empinamentos de motos, escapamentos barulhentos, som alto em veículos) aos mais complexos (combate à bandidagem, narcotráfico), agindo com rapidez e eficiência. Seu gabinete eram as ruas, os bairros, qualquer lugar – menos o quartel; seu celular era de todo mundo – menos dele, e a qualquer hora do dia ou da noite podia-se falar com ele ou com seu assessor direto. A população sentia-se mais segura.
Taborelli implantou um eficiente sistema de segurança pública, calcado principalmente num intenso e constante serviço de rondas pela cidade, dia e noite, utilizando não só as viaturas oficiais da PM, como também motocicletas bem aparelhadas, com equipes de quatro a seis policiais. Não se sabe como, nem porque, tais motocicletas, que possibilitavam um trabalho de excelente produtividade, foram desativadas logo após seu retorno para a capital do estado. Não se pretende aqui, evidentemente, apesar de todos os méritos do celebrado Coronel, admitir que ele seja insubstituível, mas reconhecer que qualquer dos seus sucessores terá, com certeza, dois imanes desafios: igualar ou suplantar seu decantado feito, e desmitificar a idolatria do seu nome, para que seja meritoriamente reconhecido pela opinião pública. Missão, sem dúvida, do mais elevado grau de competitividade…
(*) Ailon do Carmo é morador local, advogado, escritor e historiador
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