Uma onça…
Pintada numa tela,
Não se move, nem ataca…
Não corre pelos campos livre e solta.
É um detalhe para as próximas gerações
Olhar e admirar…
Uma onça…
Pintada em vasos,
É apenas uma relíquia cheia de mimos…
Uma obra cara para o não “me toques”.
Uma onça…
Pintada num artefato qualquer,
Pode-se comprar por milhões…
Se for pintada por mãos valiosas.
Custa caro pela exibição,
Não pela preservação.
(*) Isaías Dias é poeta é morador em São José do Povo – E-mail: [email protected]