Foi o teu ouro bom, que maravilha,
Achado pelos índios de Sutil,
Que fez mudar a gente de Forquilha
Para o teu solo pedregoso e hostil.
Gema do sacrifício enorme, filha
Do braço garimpeiro e varonil,
Que teve mais espinhos pela trilha
Que flores pelo chão deste Brasil!
Trazes, nas veias, ânsias de conquista,
A tradição do arrojo e da bravura
Do bandeirante do rincão paulista.
Segues, agora, tendo erguida a fronte…
Fez-se montanha a terra de planura…
Retumba a tua glória no horizonte!
(*) Poeta baiano-guiratinguense. Poema extraído da obra História de Guiratinga.