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, 20 maio 2024
 
 

O Brasil perdeu um grande democrata

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noO Brasil perdeu na madrugada de anteontem (11) um grande brasileiro. Morreu no Rio de Janeiro, aos 83 anos, de infarto do miocárdio, o médico ortopedista e presidente de honra do PSB Partido Socialista Brasileiro, Jamil Haddad, um dos últimos mitos vivos das lutas contra a Ditadura Militar.
Iniciou sua trajetória política em 1962 como deputado no antigo estado da Guanabara (hoje RJ), foi prefeito do Rio de Janeiro e, em 67, com o endurecimento do regime militar, foi cassado e teve seus direitos políticos revogados por dez anos. Em 1985, já como senador, com a derrocada da Ditadura e, a redemocratização brasileira, aglutinou um grupo expressivo de intelectuais e políticos de esquerda e reorganizou o PSB. Com ele estavam Antonio Houaiss, Evandro Lins e Silva, Roberto Saturnino Braga, Roberto Amaral, Raquel Capiberibe, entre outros. Haddad foi o primeiro presidente do partido após os anos de chumbo da Ditadura.
Em 1990, elegeu-se deputado federal pelo PSB e, em 1992 assumiu o Ministério da Saúde do governo Itamar Franco. No ministério foi o criador dos medicamentos genéricos, com o propósito de disponibilizar remédios de baixo custo, mais comumente usados pelos trabalhadores. Consolidou a ANS e estruturou os modernos programas de vacinação em massa. Como deputado constituinte bateu-se pela democratização do ensino, universalização da saúde e foi um dos defensores pioneiros de um programa nacional de habitação popular.
Socialista por convicção ideológica e democrata por princípio político, Jamil Haddad marcou época na política brasileira como um dos mais articulados opositores ao autoritarismo da Ditadura Militar e um notável defensor das liberdades democráticas, direitos civis, eleições diretas e anistia para os prisioneiros e exilados políticos.
Em 1986, quando o Brasil dava seus primeiros passos em direção à normalidade democrática, um grupo de jovens idealistas de Rondonópolis, eu, Odinarte Borges, Valmir e Francileide Passos, Fernando de Almeida, fomos chamados à Brasília e, lá, o grande presidente Jamil Haddad e a Executiva Nacional do partido, nos delegou a responsabilidade de construir o PSB em Mato Grosso. Época de efervescência política e de grandes esperanças na recém conquistada democracia.
Haddad transformou o PSB numa trincheira de luta das grandes massas de trabalhadores, do campo e das cidades, até então excluídos da atividade política e, fez de seus mandatos políticos e eletivos um instrumento rigoroso de defesa dos direitos civis e cidadania. Um político e intelectual brilhante. O PSB perde um de seus melhores quadros. Fará falta.
(*) Paulo Mello é jornalista e vice-presidente do PSB de Rondonópolis

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1 COMENTÁRIO

  1. Mais um grande brasileiro que parte para outras jornadas no andar superior,para novos desafios, pois gente dessa grandeza, com uma alma que mais parece um cometa que rasga os céus nas noites estreladas com sua fulgurante luz e jamais poderá parar, pois a missão de bem servir continua eternamente nos vastos mundos do Criador.

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