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Metade dos bebês brasileiros apresenta chiado no peito, tosse e falta de ar

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Muitos jamais ouviram falar na síndrome do lactente sibilante, porém, é muito importante que pais e mães de primeira viagem fiquem atentos a tal patologia, que acomete bebês e crianças e, apesar de bastante comum, pode esconder algo mais sério. Segundo o dr. Marcus Herbert Jones, presidente da Comissão de Pneumopediatria da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), uma das principais características da doença é a ocorrência de chiado no peito, a sibilância, sintoma que a maioria dos bebês apresenta. A sibilaância ocorre devido à infecção respiratória por vírus, como resfriados e gripes. Alguns bebêes são mais vulneráveis às viroses do que outros e podem apresentar chiado cada vez que contraem um resfriado.
“Cerca de 20% dos bebês apresentam três ou mais quadros de chiado ao ano. Bebês prematuros e portadores de Síndrome de Down têm uma incidência muito maior de sibilância, e também com maior gravidade. Esses episódios vão sendo atenuados pelo crescimento e 70% das crianças de 4 anos de idade já não apresentam mais sibilância durante as viroses. Isto porque, conforme a criança cresce, seu pulmão fica mais desenvolvido e menos vulnerável”, explica dr. Marcus.
A fração restante de bebês portadores da síndrome continuará com recorrentes chiados por tempo indeterminado. Alguns deixarão de sofrer da patologia em mais alguns anos, outros permanecerão com os sintomas, sendo mais tarde chamados de asmáticos. “Não se sabe o quão persistente será o chiado, que também pode ser acompanhado de tosse e falta de ar, mas alguns fatores podem sugerir a longa permanência dele, como por exemplo, se o histórico familiar com casos de asma ou alergia de pele”, informa o especialista.
Um grande problema associado à síndrome do lactente sibilante são as patologias que podem existir de forma camuflada. O médico deve investigar muito bem o que acontece com a criança e identificar se tal sibilância terá um bom prognóstico ou se necessita de um diagnóstico mais preciso, pois algumas doenças mais sérias, como a fibrose cística, também apresentam entre os sintomas o chiado periódico.
Outro fator crítico que promove a sibilância no bebê é a exposição ao fumo, tanto no período gestacional quanto após o nascimento. As substâncias nocivas provenientes do tabaco alteram a estrutura dos pulmões, deixando-os mais frágeis. “A maioria dos casos tem um bom prognóstico e melhora sozinha, enquanto uma minoria apresenta doenças combinadas e precisa de investigação mais intensa”, reforça.
Há várias opções de tratamento para as crises, que incluem medicamentos inalatórios e orais. Embora não haja uma cura, existem tratamentos preventivos que minimizam os sintomas de chiado e falta de ar e que devem ser considerados nos bebês com episódios frequentes ou graves.

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