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ENDOMETRIOSE: A DOENÇA DA MULHER MODERNA

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A modernidade trouxe independência para as mulheres. Com ela, novas tecnolo-gias, comodidades nunca pensadas, um ritmo acelerado de viver e, consequen-temente, problemas de saúde até então raros.
A endometriose é um deles. Sem causa definida, uma das teorias mais aceitas, segundo o diretor do Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da USP e membro da Associação de Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), dr. Maurício Simões Abrão, é a menstruação retrógrada.
“Ela ocorre quando a mulher menstrua e reflui um pouco de sangue menstrual pelas tubas uterinas. Esse sangue menstrual pode se implantar na cavidade abdominal, resultando em endometriose”, explica.
Acredita-se que os fatores imunológicos estão diretamente relacionados ao processo, funcionando como um gatilho para o desenvolvimento da doença. Questões genéticas, como alterações de alguns cromossomos, também podem estar associadas ao desenvolvimento da doença.
Uma questão relevante é o estresse, alerta o especialista. “A mulher moderna menstrua mais, cerca de 400 vezes durante a vida, contra 40 vezes no século passado. Relacionando este fato à menstruação retrógrada e ao sistema imunológico debilitado por conta do estresse, o resultado é o aumento de casos de endometriose”.
Sintomas e Diagnóstico
Os principais sintomas relacionados com a doença são cólicas menstruais severas ou até mesmo incapacitantes, que não melhoram com remédio; dor na relação sexual; diarréia; sangramento para evacuar ou urinar e dificuldade para engravidar.
“É também uma das principais causas de infertilidade, o que configura um real problema de saúde pública”, afirma o dr. Maurício.
A confirmação da doença é feita pela laparoscopia, um procedimento cirúrgico pouco invasivo. Hoje, o Brasil é pioneiro em métodos não invasivos para o diagnóstico deste mal.
Tratamentos
Existem alguns tipos de tratamento para a endometriose, realizados na maioria das vezes por laparoscopia, pílulas anticoncepcionais ou outras formas de contraceptivos hormonais, ou ainda associando a forma cirúrgica ao tratamento clínico.
“No caso de paciente infértil, além de tratar a doença pode ser necessário um tratamento específico para a infertilidade”, destaca o especialista.
Avanços e Novas Tecnologias
Estudos sobre o tema ainda vem sendo feitos, tanto no âmbito da imunidade quanto da genética, e podem originar novas formas de tratamento e tecnologias de diagnóstico menos invasivas.
Para o dr. Maurício, o principal avanço já está acontecendo: a conscientização progressiva de médicos e pacientes em buscar diagnóstico e tratamento mais rápido.
“Ao longo dos anos, estes avanços têm melhorado a qualidade de vida da mulher não apenas do ponto de vista da dor, mas também na questão da infertilidade. Acima de tudo, tratar da endometriose é tratar da mulher.”

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