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Educação avança, mas é preciso mais

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A consciência da necessidade de educar o diabético para que ele tome as rédeas de seu próprio tratamento é um conceito que começou a cristalizar-se em países desenvolvidos no final da década de 70 e início dos anos 80. No Brasil, esse processo tomou corpo apenas nos anos 90, relata a educadora Sônia Grossi, professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
“O manejo do diabetes depende praticamente em sua totalidade do próprio paciente e para que isso aconteça é preciso que os profissionais de saúde possam transmitir as informações necessárias e corretamente”, avalia enfermeira.
Sônia considera que o treinamento de profissionais de saúde – psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, podólogos, educadores físicos, entre outros – para atuarem como educadores em diabetes está avançando. Além de programas de educação conduzidos pelo governo nas diversas esferas – federal, estaduais e municipais -, entidades médicas e de pacientes têm conduzido diversos programas para habilitar um número cada vez mais crescente de educadores.
Apesar das duas décadas de esforços, Sônia ainda vê enormes disparidades entre as diversas regiões do País. “As discrepâncias são muito grandes e ainda é comum nos depararmos com preconceitos e conceitos errados em relação à terapia ou, até mesmo, a falta de conhecimento sobre como aplicar corretamente a insulina”, exemplifica a profissional.
Para a especialista, a meta é chegar a uma uniformidade nacional em relação a conceitos, normas e padrões de tratamento, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, onde a Associação Americana de Educadores em Diabetes (AADE) desenvolveu padrões de programas de educação com foco no autocontrole do diabetes e adotados nacionalmente.
“A educação em diabetes como vista há alguns anos, em que ao paciente restava o papel de seguir as recomendações do profissional, foi substituída, dessa forma, pelo conceito de que ele, paciente, deve ter a responsabilidade de tomar as decisões necessárias para o manejo do diabetes no seu dia-a-dia”, resume Sônia.
O antigo conceito de educação em diabetes tinha como padrão de resultado o grau de controle glicêmico obtido. No método defendido por Sônia e adotado na formação de educadores no Brasil o padrão de sucesso é a mudança efetiva de comportamento e hábitos de vida do paciente. Mas ainda estamos longe de uma padronização que permita adotar a mesma linguagem de educação e os mesmos parâmetros de avaliação de resultados, acredita a especialista.
Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br

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