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Fisioterapia atenuando a doença de Alzheimer

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A Fisioterapia é a ciência que estuda, previne e trata os distúrbios do movimento intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano. Especialmente em idosos, que além das alterações do processo do envelhecimento já apresentam patologias associadas, a fisioterapia visa preservar, manter, restaurar ou desenvolver função, com o intuito de proporcionar qualidade de vida.
Com o aumento da expectativa de vida, as doenças ditas do envelhecimento estão cada vez mais prevalentes. Estima-se que no Brasil as demências atinjam mais de um milhão de pessoas, e que em 2030, este número mais que duplique. A Doença de Alzheimer é o tipo mais comum, e a falta de informação, de diagnóstico precoce e de acesso aos serviços, faz com que o idoso e a família procurem assistência somente quando já há algum comprometimento mais importante da doença.
Embora a fase inicial da doença de Alzheimer traga alteração apenas da memória, o curso da doença é certo, e os idosos tendem a movimentar menos dia após dia, até se tornarem dependentes. A fisioterapia pode colaborar com intervenções que diminuem as complicações do avanço da doença ainda durante a investigação do diagnóstico, prolongando a habilidade de movimentar-se com facilidade, ajudando a retardar o avançar da doença e mantendo a independência e autonomia do idoso por um maior período de tempo.
A intervenção baseia-se no preceito de que mesmo as doenças crônicas-degenerativas incuráveis apresentam potenciais de investimento em reabilitação, que incluem todos os aspectos funcionalmente envolvidos, sejam eles relacionados à mobilidade, risco de quedas, otimização do quadro cardiorrespiratório, controle de esfíncteres, constipação intestinal, diminuição da agitação, melhora da qualidade do sono, etc. Além disso, o fisioterapeuta pode orientar familiares e cuidadores sobre comandos, estímulos, organização de rotinas, assim como fazer adaptações ambientais para garantir segurança e conforto para o idoso.
As técnicas de fisioterapia são as mesmas usadas nas pessoas que não apresentam demência, mas a maneira de abordá-las exige habilidade especial. É importante associar objetivo funcional e tarefas cognitivas, nivelados a partir do interesse e potencial do paciente, com explicações claras e simples. Recomenda-se uma frequência mínima de duas vezes na semana numa fase inicial da doença, podendo estender para todos os dias da semana em fases mais avançadas.
O fisioterapeuta pode contribuir muito com a qualidade de vida do paciente e da família. E quanto antes iniciar a intervenção, mais benefícios poderá trazer, mantendo o idoso bem, ativo e independente por mais tempo.

Por Francielle Fialkoski, fisioterapeuta e especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

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