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Relação entre pai e filha

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Father Sitting With Daughter As She They Eat Breakfast With Her

A influência da família no comportamento alimentar é reconhecida, porém a maioria das pesquisas até o momento se debruçou sobre o estudo da relação entre mãe e filha. Trabalhos publicados nos últimos anos têm chamado a atenção também para o papel do pai, cujo apoio, quando presente, está associado com a construção de hábitos saudáveis, atitudes alimentares positivas e melhora da autoestima. Já em jovens com diagnóstico de transtorno alimentar (TA), a relação com o pai ainda não havia sido estudada em profundidade. Por isso, Horesh et al. conduziram um estudo e divulgaram os achados na revista European Psychiatry em junho (2014).
A amostra incluiu mulheres de 23 anos de idade em média, divididas em três grupos. O primeiro foi composto por 53 pacientes com diagnóstico de TA (33 com anorexia nervosa, 17 com bulimia nervosa e 3 com compulsão alimentar). O segundo grupo foi formado por 26 pacientes do mesmo ambulatório psiquiátrico que apresentavam ansiedade ou sintomas depressivos, e o terceiro por 60 mulheres saudáveis recrutadas na comunidade, sem nenhuma patologia. As participantes responderam a cinco questionários validados para a investigação da percepção de sua relação com o pai.
A análise indicou a presença de associação entre atributos negativos relacionados aos pais e a presença de TA e sintomas depressivos. Dois perfis da relação pai e filha foram identificados no grupo com TA, um em que as jovens identificaram o pai como “cuidadoso e benevolente” e outro em que identificaram a relação como “esquivando-se de um pai superprotetor”. Neste último, os pesquisadores identificaram que as pacientes relatavam maior restrição alimentar e preocupação com a alimentação, além de uma imagem corporal negativa, mais sintomas de depressão e maior gravidade dos sintomas de TA.
Estes resultados reforçam as teorias sobre a importância dos pais no desenvolvimento da autoestima e satisfação corporal de suas filhas, com potencial papel protetor contra o desenvolvimento de TA. Ainda, na presença do diagnóstico de TA, as estratégias terapêuticas precisam ir além da relação com a mãe e abordar a representação da figura paterna e as percepções da filha sobre as atitudes do pai, permitindo explorar as maneiras mais apropriadas de intervenção para melhorar a dinâmica familiar, aspecto essencial no tratamento.

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