36.2 C
Rondonópolis
 
 

Recomendações para os exames de próstata

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

ProstataEm pleno novembro azul, mês de ações conscientizadoras a respeito da saúde masculina, a Sociedade Brasileira de Urologia aumentou de 45 para 50 anos a recomendação para o exame de próstata. Para o oncologista Cristiano Guedes Duque, do Rio de Janeiro, ainda que pareça, a medida não é contraditória.

“O câncer de próstata é pouco frequente nesta população com idade entre 45 e 50 anos. Por isso, o rastreamento nesta faixa etária não seria eficaz”, explica.
Segundo o oncologista, há uma segunda e controversa discussão: o INCA, ao contrário da SBU, não recomenda o rastreamento, que é a realização de exames em pessoas saudáveis, sem sintomas, para o câncer de próstata, qualquer que seja a faixa etária.

“Muitas pessoas, sem qualquer tipo de queixa, realizam exames de rastreamento, como o PSA, podendo apresentar resultados um pouco alterados. Consequentemente, as mesmas podem ser submetidas a uma biopsia, que possui risco de infecção e sangramento. Com certa frequência, este procedimento terá sido desnecessário, pois muitos destes homens nunca irão desenvolver um câncer agressivo”, diz Cristiano, que trabalha no INCA e na Oncoclínica.

Muitos homens vivem com um câncer indolente, isto é, de crescimento muito lento, sem saber disso e jamais apresentar qualquer sintoma da doença. “O sentido da indicação do INCA é evitar que, em casos como esse, a pessoa passe por uma radioterapia ou um procedimento cirúrgico, que podem levar a complicações mais graves que o próprio tumor”, explica o médico. Por outro lado, muitas vezes um câncer agressivo pode se desenvolver de forma silenciosa, sendo diagnosticado apenas em um estágio avançado, sendo esta a principal justificativa da SBU para a indicação do rastreamento em homens assintomáticos. Pessoalmente, o oncologista afirma que prefere analisar caso a caso, explicando a cada paciente os possíveis riscos e benefícios deste rastreamento.

Mesmo havendo riscos com a cirurgia e a radioterapia, Cristiano Guedes explica que, com os avanços na medicina, ambas têm ficado mais seguras. “Algumas das possíveis consequências do tratamento do tumor são a incontinência urinária e a impotência sexual. O risco desta última ocorrer é maior caso o paciente já apresente algum grau de disfunção erétil antes do início da cirurgia ou da radioterapia”, ressalta.  Para diminuir a chance destas complicações, é importante a realização da cirurgia por uma equipe bem treinada, assim como o uso de técnicas mais modernas de radioterapia.
Em casos muito selecionados, pode ser realizado o tratamento com braquiterapia, que é o implante de “sementes” de radioterapia diretamente na próstata. Mais recentemente, tem sido utilizada a cirurgia robótica, que pode permitir uma melhor preservação dos nervos da região, na tentativa de reduzir a chance de disfunção erétil e incontinência urinária.

Para Cristiano, campanhas como o “Novembro Azul” servem para que o homem passe a se preocupar mais com sua saúde como um todo, não somente com o câncer de próstata: “Diferente da mulher, que tem a cultura de ir frequentemente ao médico desde cedo, o homem muitas vezes só marca uma consulta quando sente algo errado. Acredito que campanhas como essas funcionem”, conclui.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Impositivas: Paço Municipal não paga emendas e vereadores preparam contraofensiva

Previstas na Lei de Orçamento Anual (LOA) deste ano, aprovada pela Câmara Municipal no ano passado, as emendas impositivas...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img