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Dossiê de cuidados no verão

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Mulher tomando sol na praia3O verão é tempo de lazer e de curtir delícias, como praias, piscina e tomar sol. Tudo isso é muito prazeiroso, mas deve ser feito com informação, consciência e responsabilidade. Mas não há como falar em verão sem deixar de mencionar a realidade e o perigo do câncer de pele. No Brasil, o câncer mais frequente é o de pele, e na maioria dos casos, é causado pela radiação solar. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos para o 2012 era de 6.230; já o número de óbitos por conta da doença, em 2010, foi de 1.507 pessoas com câncer de pele do tipo melanoma, o mais agressivo. “Estes dados dão a dimensão de que a questão não á para brincar ou negligenciar. Não corra este risco”, alerta a dermatologista Dra. Natalia Cymrot.

Os principais fatores de risco para o câncer de pele são: olhos claros, pele clara, cabelos claros, peles com grande tendência à queimadura e pouca ou nenhuma tendência ao bronzeamento, quando expostas ao sol. Além disso, outros fatores aumentam o risco, como: familiares com câncer de pele, períodos longos de exposição solar, diariamente, ou períodos curtos de intensa exposição solar esporádica, grande número de pintas, queimaduras solares com bolhas no passado, presença de cicatrizes de queimaduras, exposição repetida ao raio-x e contato com certos agentes químicos (arsênico, por exemplo). A radiação ultravioleta é responsável por mais de 90% dos cânceres de pele. Ela se encontra nos raios solares e nas cabines de bronzeamento artificial. Os tumores de pele mais comuns são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma, que é o mais perigoso de todos.

Alguns sinais de perigo na pele devem ser observados, como: assimetria, (dividindo a pinta ao meio, uma metade é diferente da outra), bordas irregulares (quando as margens da lesão forem recortadas ou não muito bem definidas), cor variada (quando uma lesão apresentar diferentes cores: marrom, vermelha, rosada, preta, branca, azulada), lesões maiores de 6 mm, feridas que não cicatrizam ou cicatrizam e voltam a abrir, também são suspeitas, além de lesões de superfície elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; “pintas” pretas ou acastanhadas que mudam sua cor, textura, tornam-se irregulares nas suas bordas e aumentam de tamanho; “manchas” ou feridas que apresentam coceira, dor, crostas, erosões ou sangramento. Estes sinais podem indicar tendência ao câncer de pele ou até mesmo um câncer já instalado.

Dermatoscopia e mapeamento de pintas

É considerado o exame mais moderno, minucioso e seguro de acompanhar as pintas (nevos) existentes, a fim de detectar precocemente qualquer mínima alteração de tamanho, cor ou formato das pintas, além do surgimento de novas pintas. É útil particularmente na prevenção e detecção precoce do melanoma, o câncer de pele mais perigoso.
Prevenção e tratamento do câncer de pele.

“A proteção solar é fundamental na prevenção do câncer de pele. O auto-exame (exame feito pelo próprio paciente, olhando todas as partes do corpo) também é importante na prevenção e detecção precoce do câncer de pele. É indicado o exame feito por um dermatologista, regularmente a cada 6 meses, que, se necessário, indicará a dermatoscopia”, esclarece a especialista.
O tratamento do câncer de pele é específico para cada caso particular. Pode incluir desde cremes de uso local, até crioterapia (uma espécie de gelo seco em spray), cirurgia ou terapia fotodinâmica.
“A terapia fotodinâmica é um tratamento moderno, baseado na aplicação de um creme que penetra no tumor e absorve uma luz, que provocará a destruição do tumor. A aplicação é feita na clínica. É um procedimento indicado para tumores e lesões pré-cancerosas (como as queratoses actínicas, por exemplo), e que não deixa cicatrizes”, explica a Dra. Natalia Cymrot.

Cuidados

É importante o uso diário dos protetores solares, pois aproximadamente 80% da radiação ultravioleta que recebemos vem do dia-a-dia na cidade. Os protetores solares devem ser aplicados sempre que houver luz, não importando se está nublado, pois nestes dias, há 80% da radiação solar em relação aos dias de sol.
Cuidado em locais de maior altitude e mais próximos do equador onde a radiação solar é mais intensa.
Chapéus, bonés ou viseiras são acessórios indispensáveis, assim como os óculos escuros com lentes que bloqueiem os raios ultravioleta. Vidros transparentes protegem da radiação UVB e apenas parte da radiação UVA.

Filtros solares

Filtros solares são substâncias que aplicadas sobre a pele a protegem contra a ação dos raios ultra-violeta (UV) do sol. Os filtros solares podem ser químicos (absorvem os raios UV) ou físicos (refletem os raios UV). É comum a associação de filtros químicos e físicos para se obter um filtro solar de FPS mais alto.
FPS significa Fator de Proteção Solar e mede a proteção contra os raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, mas não medem a proteção contra os raios UVA. O PPD é uma medida de proteção contra os raios UVA. O mais indicado é que o PPD seja de pelo menos um terço do FPS, ou seja, para um protetor FPS 30, o PPD precisa ser de 10.
A pele, quando exposta ao sol sem proteção, leva um determinado tempo para ficar vermelha. Quando se usa um filtro solar com FPS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha. Quanto mais clara a pele, maior o valor de FPS recomendado. Peles mais morenas tem uma resistência maior á radiação solar, pois tem mais melanina, que as protege.
O filtro solar com FPS 2 absorve 50% da radiação, enquanto o FPS 15 bloqueia 93% dos raios UV. A partir de FPS 30, o aumento do FPS aumenta pouco o bloqueio destes raios. Por exemplo, enquanto o FPS 30 filtra 96,7% da radiação solar, o FPS 40 filtra 97,8%. No entanto, o tempo em que o filtro solar continuará a absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS, diminuindo a frequência da reaplicação.
Os filtros solares são resistentes á água quando a formulação retêm pelo menos 70% do valor do FPS inicial após 40 minutos submersão. São a prova d’água quando a formulação retêm pelo menos 70% do valor do FPS inicial após 80 minutos de submersão.
o  O fator de proteção solar (FPS) mínimo deve ser o 15 para peles mais morenas e no mínimo 30 para peles mais claras.
o  Aplique o filtro solar 20 a 30 minutos antes da exposição solar ou do mergulho em água e o re-aplique na hora da exposição.
o  Nas crianças é melhor fazer a primeira aplicação ainda em casa. Se deixar para aplicar ao chegar na praia ou piscina, vai ser difícil convencê-las a esperar 20 minutos para poder mergulhar.
o  Espalhe o filtro solar de maneira uniforme e abundante por toda a superfície corporal que vai ser exposta ao sol. Para que o produto aja corretamente, é importante fazer a aplicação com a pele seca, na quantidade adequada – para um adulto de 70 quilos, são necessários 40 gramas de protetor solar no corpo todo (um copinho de café).
o Não esqueça de proteger as orelhas, a nuca, os lábios, as áreas calvas e o peito dos pés.
o Filtro solar em spray também precisa ser espalhado com as mãos, senão a aplicação não fica uniforme.
o Reaplique o filtro solar a cada 2 horas e após mergulhar ou transpiração excessiva.
o Prefira os filtros solares exclusivamente físicos para a face (vale para as crianças, que esfregam as mãos no rosto após mergulhar), pois com eles os olhos ardem menos.
o Surfistas que permanecem por longos períodos na água devem utilizar roupas de lycra escura para surfar e filtros solares físicos para a face (são mais aderentes).
o Evite o sol entre 10 e 16 horas, quando a radiação solar UVB é mais intensa.

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