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Ouvir bem é possível?

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Em todas as funções do corpo humano que envolvem sensibilidade existe uma “estratégia” para que isso ocorra. Assim, podemos dizer que todo Sistema Sensorial tem um plano comum de ação. Audição, visão, paladar, olfato e tato são considerados “triunfos” analíticos do cérebro e apresentam semelhanças funcionais. Historicamente, o estudo do desenvolvimento da percepção sensorial tem sido mais focalizado na percepção visual e auditiva.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10% da população mundial tem algum tipo de problema auditivo. De acordo com esse número, podemos pensar que no Brasil existem aproximadamente 15 milhões de pessoas precisando de algum tratamento para a audição. Em algumas dessas situações, o recurso usado para que essa pessoa volte a escutar em padrões que permitam manter um diálogo, é o uso de um aparelho para surdez, chamado tecnicamente em todo o mundo de Aparelho Amplificação Sonora Individual (AASI). O aparelho auditivo é usado para restabelecer a função auditiva, ou seja, para aumentar os sons compensando a perda de audição. Essa prótese é indicada para qualquer pessoa com perda de audição onde o tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico não irá resolver o problema auditivo, de acordo com a avaliação médica.
Atualmente, com os avanços da ciência, podemos entender melhor como o cérebro humano reage a uma privação sensorial como, por exemplo, a deficiência auditiva, retendo a sua plasticidade (fenômeno causador de mudanças nos mapas corticais – adaptação), ou seja, no momento em que ocorre uma alteração na audição, o cérebro humano apresenta uma habilidade de se auto–organizar a nova realidade. Com a introdução de um aparelho de audição a plasticidade cerebral é novamente estimulada e automaticamente isso “exige” que o cérebro se reorganize outra vez para permitir ao usuário voltar a compreender a fala. Daí a importância de, tão logo seja feito um diagnóstico de perda auditiva e indicado o uso de um aparelho, a pessoa receba os devidos cuidados o quanto antes possível.
Para uma pessoa usar um aparelho auditivo de forma correta e eficaz é necessário seguir um protocolo – uma seqüência – de atendimento onde são definidas todas as etapas para a adaptação e uso desse recurso. Essas etapas fazem parte do que é chamado tecnicamente de processo de adaptação do aparelho auditivo, onde, em resumo, são desenvolvidas as seguintes fases:
1 – Após consulta médica, o paciente é encaminhado ao fonoaudiólogo que realizará exames audiométricos para detectar o problema auditivo do mesmo;
2 – Em seguida, após retorno ao médico, sendo indicado o uso de aparelho auditivo, o fonoaudiólogo seleciona, juntamente com o paciente, qual é a prótese mais adequada para resolver o problema e que atenda às expectativas, tanto em relação à melhoria da audição, quanto a outros fatores, como por exemplo, o fator estético, o tamanho do aparelho, se necessário usar em uma ou nas duas orelhas, etc…
3 – Nessa fase o fonoaudiólogo faz a pré – moldagem da(s) orelha(s) e, depois de solicitar a confecção do(s) aparelho(s) sob medida para a pessoa que irá usar, inicia o processo de adaptação;
4 – O processo de adaptação ocorre de 8 a 12 semanas, ou seja, após este período o usuário começa a realmente sentir os benefícios reais do aparelho auditivo. Todo este processo deverá ser acompanhado pelo fonoaudiólogo realizando regulagens na prótese e testes audiométricos para confirmar a melhora de audição.

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5 – Após a aquisição do(s) aparelho(s) auditivo(s), o usuário retornará nos primeiros seis meses para acompanhamento e em um ano para efetuar limpeza e revisão da prótese, ou sempre que necessário.
Com uma filosofia de trabalho voltada ao bem estar dos usuários de aparelhos auditivos, priorizamos sempre a precisão, rapidez e confiabilidade.

Por fonoaudiólogas Camila L. Radünz e Fernanda P. da Veiga Ribeiro

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