A história da Cáritas começa antes da emancipação de Rondonópolis, em 1953. Foi fundada em 1º de setembro de 1942, pela Prelazia de Chapada dos Guimarães, por Dom Wunibaldo Talleur
Ao longo dos seus 75 anos, a Cáritas Diocesana de Rondonópolis tem realizado várias ações em defesa da vida e dos mais necessitados, desde a educação infantil até a construção de casas populares. Vale ressaltar que a história da Cáritas começa antes da emancipação de Rondonópolis, em 1953. Foi fundada em 1º de setembro de 1942, pela Prelazia de Chapada dos Guimarães, por Dom Wunibaldo Talleur, com finalidade e natureza de ação social.
Para celebrar seu aniversário, a Cáritas realizou o projeto “Cáritas Diocesana de Rondonópolis: 75 anos em defesa da vida”. O ponto alto dessa iniciativa ocorreu anteontem, na Praça Bom Jesus, na Vila Operária, com exposições dos trabalhos e apresentações culturais envolvendo os projetos realizados pela entidade.
Uma das iniciativas mais significativas promovidas pela Cáritas é voltada para a Educação Infantil. De acordo com a sua vice-presidente e diretora desse projeto, Maria Aparecida de Oliveira Rossatto, atualmente são atendidas 550 crianças, entre dois e três anos, em cinco Unidades de Educação Infantil (UEIs) presentes na cidade.
Uma outra grande marca da Cáritas em Rondonópolis é a construção de casas para famílias de baixa renda, que começou em 1970 e, até o momento, foram construídas mais de 3.400 moradias.
DA PRELAZIA À DIOCESE
Sociedade ajuda a Cáritas a promover as suas ações
Deivid Rodrigues
Da Reportagem
Em seus 75 anos de existência, a Cáritas Diocesana de Rondonópolis sempre lutou em defesa da vida. Fundada em 1º de setembro de 1942, pela Prelazia de Chapada dos Guimarães, por Dom Wunibaldo Talleur, com finalidade e natureza de “Ação Social da Diocese de Rondonópolis”, registrada em Cuiabá, no dia 8 de fevereiro de 1951. Com Registro de Sociedade Civil em 17 de novembro de 1951.
Com estatuto próprio publicado no Diário Oficial de Mato Grosso em 17 de novembro de 1951. No dia 5 de novembro de 1973, o então bispo Dom Osório Stoffel, fez uma assembleia geral onde houve a primeira mudança de denominação, sendo de “Ação Social” para “Cáritas Prelatícia (Diocesana) de Rondonópolis”.
Em 18 de abril de 1994, houve mais uma alteração no nome que foi de “Cáritas Prelatícia (Diocesana) de Rondonópolis” para “Cáritas Diocesana de Rondonópolis”. Sendo uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, a entidade tem como filosofia a formação de indivíduos construtores de uma sociedade justa, fraterna, próspera, feliz, educada e alegre, baseada nos ensinamentos da Igreja Católica.
A Cáritas tem a missão de exercer atividades de assistência social, de educação e promoção humana, especialmente da mãe e da criança, dos adolescentes, adultos, idosos e comunidade economicamente e culturalmente menos favorecida. “O papa Francisco costuma dizer que a Cáritas é a ‘carícia da Igreja’. E a Cáritas é filiada à Cáritas Brasileira, Sul-Americana e Internacional, sendo que esta última está presente em 168 países”, explica o tesoureiro e administrador da Cáritas, Manoel Messias de Macêdo.
Questionados sobre qual a importância do padre Lothar na história da instituição, Manoel Messias e a vice-presidente Maria Aparecida Rossatto, responderam que o sacerdote é o principal idealizador das ações que a entidade promove até hoje. “É ele que nos inspira e que nos sustenta. Ele vai atrás de recursos. Ele luta por um trânsito melhor na cidade. Se tem uma pessoa necessitada ele vai atrás. Então ele é o idealizador desses projetos sociais”, explicou Maria Aparecida.
RECURSOS
Uma das fontes é a partir de convênios com o poder público. A Cáritas já fez parceria com o Governo do Estado e o Governo Federal, porém hoje o convênio é principalmente com a Prefeitura. Além disso, há um grupo de católicos da Alemanha, que é a Associação Dom Helder Câmara, localizada na cidade de Nieder-Olm, que ajuda bastante a Cáritas. “E eles atendem apenas a dois projetos, o de Rondonópolis e um projeto na África”, repassou Manoel Messias.
A entidade também conta com doações de empresários, pessoas físicas e um sistema chamado de “Colaborador Voluntário”. Existem ainda os associadas à Caritas e que ajudam a instituição. Ela também realiza promoções como rifas e bazares para angariar recursos para suas ações.
RECONHECIMENTO
Falar de Cáritas é falar do padre Lothar, destaca Dom Juventino
Deivid Rodrigues
Da Reportagem
O bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, dom Juventino Kestering, relatou que quando chegou a Rondonópolis, em 1998, uma de suas primeiras visões que teve foi a evangelização da Diocese e a ação social. Sobre esta última, o bispo contou que foi ao encontro da Cáritas, responsável por atender a educação infantil e idosa, e voltada à construção da dignidade humana.
“São verdadeiras obras importantes da Igreja e do município. Eu me alegro por ser bispo da Diocese e poder dizer ‘Parabéns’, que continue com esse serviço de promoção aos mais necessitados”, enfatizou o bispo.
Para dom Juventino, falar de Cáritas é falar do padre Lothar, uma pessoa que entrega a sua vida em prol a entidade. “Nunca nada ficou para ele. Tudo o que ele recebeu ele repassou para a Cáritas”, destacou.
“Quero parabenizar a Cáritas pelos seus 75 anos e também a todos os servidores e aquelas pessoas que por lá passaram. E desejo que a entidade continue prestando esse serviço aos mais necessitados por muitos anos”, concluiu dom Juventino.
