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Médicos começam a pedir demissão da UTI Infantil

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Até agora, seis médicos intensivistas das UTIs Neonatal e Pediátrica já pediram demissão e agora cumprem aviso

UTIs Pediátrica (foto) e Neonatal correm o risco até de fechamento diante da possibilidade de ficar sem profissionais para prestar os serviços - Foto: Arquivo/A TRIBUNA
UTIs Pediátrica (foto) e Neonatal correm o risco até de fechamento diante da possibilidade de ficar sem profissionais para prestar os serviços – Foto: Arquivo/A TRIBUNA

Os frequentes atrasos nos repasses de recursos por parte do Governo do Estado têm ficado insustentável para profissionais que atuam na UTI Infantil (Neonatal e Pediátrica) da Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis. A situação tem gerado constante irregularidade nos pagamentos dos profissionais, sendo muitos vindos de fora, que atuam nessas unidades. Em função disso, seis médicos intensivistas já pediram demissão e agora cumprem aviso.
O vice-diretor presidente da Santa Casa, o médico Kemper Carlos Pereira, lamentou ontem ao Jornal A TRIBUNA que a irregularidade nos repasses de recursos por parte do Governo do Estado, apesar das contínuas promessas de regularização, tem sido extremamente desgastante pata todos os envolvidos na prestação dos serviços de UTI Neonatal e Pediátrica, especialmente os profissionais que vieram de fora e se veem agora em difícil situação junto aos seus credores particulares frente aos atrasos para recebimento dos serviços médicos.
Até ontem à tarde, a equipe médica que atua UTI Neonatal e Pediátrica e Enfermaria de Pediatria estava com os meses de maio e de junho de 2017 pendentes de pagamento. A  expectativa, segundo o dr. Kemper, era que o pagamento de maio fosse efetuado ainda nesta sexta-feira (11/8). Contudo, desde a inauguração da UTI Pediátrica e o aumento do número de leitos da UTI Neonatal, em agosto de 2016, os atrasos nos repasses para esses serviços permanecem.
Inclusive, entre os profissionais que desistiram de continuar participando das escalas de plantões está a coordenadora da UTI Pediátrica. Diante da situação, corre-se o risco até do fechamento da UTI Neonatal e Pediátrica, conforme já alertado para a direção da Santa Casa, considerando a falta de condições de manter a prestação dos serviços pela ausência de equipe médica, observando ainda a dificuldade de encontrar novos profissionais intensivistas para essa área.
PARALISAÇÃO
Além disso, desde segunda-feira (7/8), a Santa Casa de Rondonópolis enfrenta uma nova paralisação de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS), decidindo atender apenas casos de urgência e emergência, que implicam em risco de morte. A decisão foi tomada, principalmente, devido ao impasse causado pelo Governo do Estado em relação ao déficit com os cinco hospitais filantrópicos existentes em Mato Grosso referente ao reajuste da contratualização de serviços prestados.
Em relação a Santa Casa de Rondonópolis, a princípio, o valor mensal do déficit era de cerca de R$ 550 mil, mas, segundo repassado pelo dr. Kemper, houve um acordo com o Governo do Estado, reduzindo esse valor para cerca de R$ 337 mil por mês. O governo estadual pagou os valores referentes ao déficit por três meses e suspendeu o pagamento alegando não reconhecer mais a dívida. Além disso, a informação é que o Estado ficou de fazer posteriormente uma reavaliação do valor do déficit, o que também não foi feito.
“Nós fizemos compromissos baseado nos valores do déficit e agora, com a suspensão dos pagamentos, não temos mais como arcar com eles”, lamentou o diretor.

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