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Delegado pede afastamento das investigações

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Flavio Stringuetta explicou que as razões de sua decisão têm a ver com uma doença grave que o acometeu - Foto: Arquivo/PJC
Flavio Stringuetta explicou que as razões de sua decisão têm a ver com uma doença grave que o acometeu – Foto: Arquivo/PJC

Alegando problemas com a saúde,  o delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta anunciou ontem (14) que deixou as investigações sobre o esquema de escuta ilegal operado em Mato Grosso. O pedido de afastamento foi protocolado na Justiça. Era o delegado quem comandava as diligências da investigação no âmbito do Tribunal de Justiça. Stringuetta explicou que as razões de sua decisão têm a ver com uma doença grave que o acometeu, chamada de chron.
“Estou sendo obrigado a expor minha vida particular para que não especulem sobre meu afastamento das investigações dos grampos. Estou deixando as investigações por absoluta falta de condições físicas. Estou com uma doença auto-imune, incurável e crônica, que, para o seu controle, necessita de um ambiente tranquilo, sem picos de estresse”, afirmou o delegado, que anexou na postagem um atestado médico e o resultado de um hemograma.
“Portanto, não estou me afastando por decisão minha, mas por recomendação médica. Não estou saindo porque recebi algum tipo de intimidação ou revés nas investigações, mas por falta de condições físicas de atender bem ao que me foi atribuído. E a sociedade necessita de alguém em melhores condições para trazer à tona as verdades desses fatos”, concluiu.
A decisão do delegado foi anunciada horas após ele criticar um ofício que lhe foi encaminhado pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, contestando a investigação que conduzia. Curvo disse ver a possibilidade de “afronta” à legislação por parte do delegado em razão de ele estar conduzindo investigações que não seriam de sua competência no caso relacionado a interceptações ilegais que teriam sido efetuadas por promotores de Justiça.
Segundo o procurador, os atos investigatórios conduzidos pelo delegado demonstrariam possíveis afrontas a dispositivos da Constituição Federal, do Código Penal e do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, “cujo comportamento pode caracterizar conduta criminosa, assim como ato de improbidade administrativa, por infringência ao princípio da legalidade”.
Stringuetta, por sua vez, afirmou ter ficado surpreso com o conteúdo do ofício. Para ele, o documento seria uma tentativa de intimidá-lo. “Pelo que vi no ofício que me foi trazido de forma confidencial, tenho a dizer que fiquei bastante assustado, senão consternado. O que vi nesse ofício foi uma tentativa de intimidação aos delegados que estão tentando simplesmente trazer a verdade à sociedade”, disse.

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