A maioria das academias populares instaladas no município de Rondonópolis possui equipamentos quebrados, sem condição de uso
Iniciativa de baixo custo e de considerável alcance social, as academias populares ao ar livre se multiplicaram nos últimos anos em todas as regiões de Rondonópolis. O problema é que, até agora, vem havendo uma preocupação das gestões municipais somente na implantação dos equipamentos. O resultado é que a maioria das academias populares instaladas no município sofre com equipamentos quebrados, sem condições de uso e com falta de manutenção.
Rondonópolis conta atualmente, segundo a Prefeitura, com 28 academias populares ao ar livre instaladas em praças, centro esportivos, canteiros centrais, espaços verdes e áreas públicas. Esse número inclui apenas os equipamentos instalados pelo poder público. Na grande maioria dos espaços visitados pelo Jornal A Tribuna, as estruturas possuem pelo menos dois equipamentos quebrados ou sem condições de uso da população.
Em um levantamento realizado pelo Jornal A TRIBUNA em 10 academias populares instaladas em Rondonópolis, sendo a maioria na região da Grande Vila Operária, somente uma delas não apresenta nenhuma deficiência. Todas as outras apresentam problemas em equipamentos ou algum tipo de deficiência. Da mesma forma, os estragos são visíveis nas demais academias populares instaladas na cidade, especialmente as mais antigas.
Os equipamentos danificados ficam mais evidentes nas áreas de maior uso pela população para práticas esportivas e de lazer. No Horto Florestal e no Parque das Águas, no Cais, os equipamentos são mais antigos e estão bastante desgastados com a ação do tempo. No Horto Florestal, por exemplo, existem cinco equipamentos estragados. No Cais, a reportagem contou quatro equipamentos quebrados.
Nos bairros, as deficiências nessas estruturas se repetem. Na Praça Bom Jesus de Vila Operária, apesar de novos, alguns equipamentos da academia popular também estão sem condição de uso. No canteiro central da Avenida Bandeirantes, na Vila Operária, além dos equipamentos quebrados, a ferrugem toma conta de muitos aparelhos. A situação também é crítica na estrutura instalada no miniestádio Mané Garrincha, na Vila Itamaraty.
Na academia popular instalada na praça do Conjunto São José, os equipamentos carecem de lubrificação, além do conserto de alguns deles. No Parque Arareau, na Vila Cardoso, os estragos são menores, mas ainda são visíveis, incluindo ferrugem e quebra em equipamento. Em alguns locais, a exemplo da unidade da praça do bairro Monte Líbano, além dos problemas, faz-se necessária nova pintura.
Junto à unidade de saúde do bairro Jardim Assunção, todos os equipamentos estão em pleno funcionamento, pois se trata de uma estrutura mais recente. No entanto, existe a deficiência do espaço, que não tem calçamento. Os usuários precisam se sujeitar à lama ou a poeira para poderem se exercitar no local.
A única academia popular visitada pelo Jornal A TRIBUNA que não apresenta nenhuma deficiência fica localizada na Praça da Saudade, no bairro Bom Pastor. Os equipamentos são novos, não há estragos ou deficiência aparente.
Desde quando começaram a ser instaladas na cidade, as academias populares não passaram por reformas, bem como não são beneficiadas com processo de manutenção periódica.
