Alegando enfrentar dificuldades financeiras nos últimos anos diante do baixo número de passageiros, a empresa Cidade de Pedra, que atua no transporte coletivo em Rondonópolis, espera que o poder público municipal tome medidas que venham trazer melhorias e amenizar a situação do setor na cidade. A expectativa é que, até o próximo dia 15 de maio, a Prefeitura possa anunciar ações que venham solucionar problemas vivenciados pelo transporte coletivo local.
O gerente da Cidade de Pedra, Paulo Sérgio, explicou ao Jornal A TRIBUNA que o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (SD), fez o pedido para que a empresa prorrogasse o prazo de devolução do serviço até 15 de maio deste ano, com o compromisso de analisar, nesse meio tempo, quais intervenções podem ser feitas pela municipalidade em relação ao assunto. “Nós estamos no aguardo das providências”, externou o gerente, informando que uma reunião entre as partes está marcada para este dia 15 de maio.
Paulo Sérgio explicou que a empresa tem atualmente um prejuízo médio mensal de R$ 250 mil e, como medidas para reverter essa situação, apontou como necessárias a viabilização de uma tarifa técnica adequada que cubra os custos existentes; a isenção de ISS, hoje na ordem de 5%; e oferta de algum subsídio para cobrir os prejuízos verificados. Outra situação que precisa ser analisada, segundo ele, é quanto aos valores deixados de arrecadar em face de gratuidades para deficientes físicos, mentais, portadores de HIV, doenças renais crônicas e em tratamentos diversos. Para esse caso, sugere que a Prefeitura compre vales-transportes e faça a distribuição para esse público.
Conforme o gerente da empresa, a Prefeitura precisa se preocupar em atuar em cima de políticas públicas que possam atrair novamente os passageiros para o transporte coletivo de Rondonópolis. Caso contrário, atesta que o sistema não será viável para atuação nem pela Cidade de Pedra ou por qualquer outra empresa que venha explorar o serviço. Inclusive, disse que a nova gestão ficou de preparar um novo edital de licitação para o transporte coletivo, dentro da realidade de Rondonópolis – a justificativa é que o edital anterior era inviável diante das muitas exigências e do pouco fluxo atual de passageiros. “Hoje os ônibus rodam muito, gastam muito e tem poucos passageiros”, argumenta.
Em último caso, não havendo um acordo entre as partes, Rondonópolis deve ficar sem o serviço de transporte coletivo, uma vez que a Cidade de Pedra pretende deixar de operar no município, caso não consiga reverter a situação de prejuízos frequentes. “O prefeito [Zé Carlos] disse que tem interesse em resolver os problemas no setor. Estamos confiantes que ele possa nos atender”, ponderou o gerente.
Vale informar que a concessão do transporte coletivo em Rondonópolis está vencida há mais de três anos e, desde então, vem funcionando em caráter precário.
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