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, 12 maio 2024
 
 

Rondonopolitana comanda ações em região de tragédia nacional

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A barragem de Fundão, em Minas Gerais, se rompeu e causou a devastação da vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição de vilarejos
A barragem de Fundão, em Minas Gerais, se rompeu e causou a devastação da vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição de vilarejos

Neste Dia Internacional da Mulher (8/3), uma rondonopolitana se desponta na área de desenvolvimento sustentável e conquista espaço no cenário brasileiro. Mostrando ser um exemplo de evolução na carreira profissional, a bióloga Andréa Aguiar Azevedo recém foi selecionada para fazer parte da diretoria, como diretora de desenvolvimento institucional, da Fundação Renova, responsável pelos programas de reparação, restauração e reconstrução das regiões impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, episódio apontado como a maior tragédia ambiental do Brasil.
A nova missão na vida de Andréa surge após ela ter atuado nos últimos sete anos no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em Brasília (DF). Antes disso, foi professora por 8 anos em Rondonópolis. Para exercer o novo cargo, ela foi procurada por uma empresa especializada de São Paulo e participou de um difícil processo seletivo, que durou três meses, com participação de profissionais do Brasil inteiro. Agora como diretora da Fundação Renova, sua nova base profissional passou a ser Belo Horizonte (MG). Apesar disso, aos finais de semana, sua casa ainda é Rondonópolis, lembrando que Andréa é casada e tem 4 filhos.
Andréa faz parte da diretoria da Fundação Renova junto com o diretor-presidente, cargo máximo, e o diretor de programas e projetos. Em sua nova função, a bióloga vai utilizar seus conhecimentos na área ambiental e em políticas públicas, bem como capacidade de interação com diferentes públicos, tendo um papel estratégico em diferentes esferas, como governo, comunidades e instituições ambientais, com a meta de promover uma maior integração dos programas e maior participação das comunidades nesses programas. Também será responsável pela gestão de vários setores na instituição.

Andrea em seminario na fundacao renova- 07-03-17 foto
Para Andréa, um dos grandes desafios em seu trabalho na Renova, em Minas Gerais, é conciliar desenvolvimento econômico, social e ambiental em uma região do Brasil que já era debilitada anteriormente. Nesse sentido, somado aos grandes estragos causados pelo rompimento da barragem, entende que, para ela, será uma grande oportunidade não apenas profissional, mas como objetivo de vida, de fazer o seu trabalho ajudar a melhorar a vida das comunidades envolvidas. Aliás, em meio a grande pressão de diversos setores, a exemplo do Ministério Público, a profissional atesta que este será um grande desafio de governança para ela.
A Fundação Renova é responsável, segundo Andréa, pela gestão e operação da maioria dos 41 programas diferentes que vão beneficiar 40 municípios atingidos pelo rompimento da barragem, ao longo de 640 quilômetros de extensão, envolvendo, por exemplo, retirada e controle de rejeitos na Bacia do Rio Doce, reconstrução do subdistrito de Bento Rodrigues, monitoramento da qualidade das águas, indenização dos danos materiais para as famílias atingidas, implantação de esgotamento sanitário para vários municípios da região, entre outros. Hoje está com 35 escritórios espalhados pelas localidades afetadas com a tragédia, possuindo em torno de 2 mil funcionários entre diretos e terceirizados.
A Fundação Renova é uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, localizada em Mariana (MG). Entidade privada e sem fins lucrativos, a Renova foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas (Vale e BHP Billiton), os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.
A tragédia ambiental de Mariana, considerada a maior do País, ocorreu em novembro de 2015. No episódio, a barragem de Fundão, pertencente à Samarco, se rompeu e liberou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Dezenove pessoas morreram. Houve devastação da vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues e de Paracatu, além de outras comunidades.
Vale lembrar que Andréa se formou em Biologia na UFMT e, na sequência, fez mestrado em Economia Ambiental e Doutorado em Desenvolvimento Sustentável. Desde que concluiu seu doutorado, vinha atuando, até então, na temática do equilíbrio do desenvolvimento sustentável na Amazônia, trabalhando o melhor uso do solo.

A bióloga Andréa Aguiar Azevedo, em um seminário na Fundação Renova, que atuará nas regiões afetadas por barragem em Minas Gerais - Foto: Thiago Fernandes
A bióloga Andréa Aguiar Azevedo, em um seminário na Fundação Renova, que atuará nas regiões afetadas por barragem em Minas Gerais – Foto: Thiago Fernandes
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