25.2 C
Rondonópolis
 
 

Clima esquenta em protesto de caminhoneiros

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Confusão entre motoristas resultou em um preso e um ferido com golpe de tesoura - Foto: Patrícia Cacheffo
Confusão entre motoristas resultou em um preso e um ferido com golpe de tesoura – Foto: Patrícia Cacheffo

Chegando hoje (18/1) ao sexto dia, o protesto dos caminhoneiros contra o preço do frete segue por tempo indeterminado e com os ânimos exaltados. No fim da manhã de ontem (17), uma briga generalizada foi registrada na região do Trevão e teve que ser contida por policiais militares de Rondonópolis. Na confusão, um homem foi ferido com um golpe de tesoura e foi socorrido pela equipe da concessionária que administra a BR-163. De acordo com as informações, o ferimento foi leve e ele passa bem. O golpeador acabou detido e foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Rondonópolis.
Com aproximadamente 500 manifestantes e passando, de acordo com a organização, dos mais de seis mil veículos parados em Rondonópolis, estacionados em pátios de postos de combustíveis, empresas ou às margens das BRs 163 e 364, o protesto já havia registrado outros momentos de tensão, já que muitos motoristas que estão sendo proibidos de seguir viagem estão nervosos com a situação. Até o momento, apesar do grande número de pessoas afetadas, nem o poder público e nem a iniciativa privada, maior alvo do movimento, abriram negociação.
Os motoristas cobram aprovação do Projeto de Lei 528, que tramita na Câmara Federal e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, a qual deve estabelecer um custo mínimo para o frete. Além disso, eles cobram que as tradings, empresas que dominam o mercado de grãos/derivados e acabam também comandando o preço do frete, reajustem os valores. De acordo com os caminhoneiros, o valor chega a estar 30% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, e as empresas não estão respeitando sequer, no caso de Mato Grosso, a tabela da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), que define preço mínimo por quilômetro rodado.

Número de veículos parados em Rondonópolis já passa de seis mil - Foto: Patrícia Cacheffo
Número de veículos parados em Rondonópolis já passa de seis mil – Foto: Patrícia Cacheffo

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), além dos pontos de bloqueio em Rondonópolis, no Estado de Mato Grosso também houve o registro, durante o dia de ontem, de protestos em Nova Mutum, Primavera do Leste, Barra do Garças, Matupá e Juscimeira. Contudo, o protesto de Rondonópolis é o mais forte e que perdura por mais dias. Informações também dão conta de protestos em Minas Gerais e na Bahia.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o preço do frete é livre, negociado entre contratante e contratado. O que se regulamenta é apenas a forma de pagamento, para fins fiscais. Com isso, o valor do frete acaba sendo definido pelas transportadoras e tradings, o que de acordo com alguns motoristas, acaba resultando em formação de cartel.
“Todo mundo está sabendo que esse ano teremos uma supersafra. Todo mundo ganha: as tradings, as transportadoras, os empresários, os atravessadores, os agricultores, menos o caminhoneiro”, relatou um dos manifestantes.
Conforme informado pelo A TRIBUNA na edição de ontem (17), as associações que representam as tradings e os agricultores disseram que não vão se pronunciar sobre o movimento.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Impositivas: Paço Municipal não paga emendas e vereadores preparam contraofensiva

Previstas na Lei de Orçamento Anual (LOA) deste ano, aprovada pela Câmara Municipal no ano passado, as emendas impositivas...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img