O nome da nova universidade federal a ser criada com sede em Rondonópolis, conforme consta em projeto de lei enviado à presidente Dilma Rousseff, causou surpresa em muitos que vêm acompanhando o processo. O Jornal A TRIBUNA revelou em primeira mão a minuta do projeto de lei direcionada ao Palácio do Planalto, para a assinatura já compromissada da presidente da República, na qual consta “Universidade Federal do Rondonópolis (UFRD)”. Até então, achava-se que seria acatado o nome de “Universidade Federal do Cerrado (UFCer)”.
Vale lembrar que, após parecer favorável à emancipação do campus, o Ministério da Educação (MEC) havia solicitado a alteração do nome a ser sugerido para a instituição, considerando que não era política do atual governo a utilização de nome de municípios em universidades. Assim, em uma consulta pública feita pelo Comitê Pró-Universidade Federal em Rondonópolis, chegou, através de votação, ao nome de Universidade Federal do Cerrado (UFCer), que vinha sendo trabalhado institucionalmente.
Outro fato que gerou estranheza entre muitos no projeto de lei é quanto ao significado da sigla “UFRD”, especificamente o “D”, pois não faz parte de abreviatura para o nome do município nem tem algum significado nominativo na região. Além disso, muitos apontaram para o erro de português constante na nominação da nova instituição, com a preposição “do” ao invés “de” antes do nome do município: Universidade Federal “do” Rondonópolis. Todas essas situações geraram muitas dúvidas na população local.
Em contato com o senador Wellington Fagundes, que vem acompanhando esse processo em Brasília, o parlamentar esclareceu que, antes de mais nada, se trata de uma minuta de projeto de lei, passível de correção, a qual está sendo revista e analisada no momento pela Advocacia da Presidência. Nesse processo, o senador espera que a presidente Dilma possa assinar e enviar o projeto de lei ao Congresso ainda na próxima semana.
Quanto à sigla UFRD, Wellington explicou à reportagem que se trata de um erro. Na verdade, é UFR: Universidade Federal de Rondonópolis. Reforçou que erros de grafia devem ser corrigidos. Quanto à volta do nome UFR, disse que entende que a palavra “cerrado” remete a algo muito amplo, vasto no território nacional, sendo que o nome do município é uma referência importante para identificação da instituição.
No entanto, o senador destacou que o principal é manter o foco no objetivo maior: a emancipação do campus. “Não é o momento para polemizar com o nome. Acho que é o momento de concretizar esse sonho”, externou para a reportagem.
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