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, 20 maio 2024
 
 

Falta de agentes deixa áreas descobertas

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Falta de agentes de endemias pode estar contribuindo com o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Rondonópolis
Falta de agentes de endemias pode estar contribuindo com o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Rondonópolis

Junto com o aumento dos casos de dengue e o aparecimento de dezenas de casos suspeitos de microcefalia por zika vírus, Rondonópolis tem mais uma preocupação: o número deficitário de agentes de endemias. Segundo informações repassadas ao Jornal A TRIBUNA, a falta de agentes de endemias, que trabalham na orientação e no combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, tem deixado cerca de 30 áreas e aproximadamente 25 mil pessoas descobertas dos trabalhos de eliminação do vetor no município.
A falta de agentes de endemias pode estar contribuindo com o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Rondonópolis contabiliza, de janeiro a novembro de 2015, 1.960 notificações de dengue, além de 1 caso de óbito pela doença. Em 2014 inteiro, a SES notificou 554 casos de dengue no município, representando um aumento de quase 300% de notificações em 2015. O município também registra 67 casos suspeitos de microcefalia neste ano.
Novos residenciais, como Dona Fiúca, Magnólia e Mathias Neves, além de locais abertos mais recentemente, como Alfredo de Castro e Conquista, são algumas das áreas descobertas da atuação contínua de agentes de endemias em Rondonópolis. Atualmente, a cidade dispõe de 105 agentes no trabalho de combate ao mosquito da dengue, número que sobe para 138 incluindo profissionais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e considerando diversas funções. Segundo o poder público, seriam necessários ao menos 162 agentes de endemias para a cidade.

Gerente do Departamento de Saúde Coletiva do Município, Edgar Prates: estamos pleiteando a criação de 175 vagas para agentes de endemias
Gerente do Departamento de Saúde Coletiva do Município, Edgar Prates: estamos pleiteando a criação de 175 vagas para agentes de endemias

Em resposta ao Jornal A TRIBUNA, o gerente do Departamento de Saúde Coletiva do Município, Edgar Prates, faz algumas ponderações quanto à situação do combate ao mosquito da dengue em Rondonópolis. Ele justifica que o município tem hoje alguns agentes em férias, outros de licença e outros pediram exoneração, o que diminui o número de profissionais em atuação. Dessa forma, enfatiza que muitas áreas estão descobertas temporariamente. Mesmo assim, explica que a Prefeitura tem procurado atuar nesses locais descobertos de agentes por meio de mutirões.
Edgar Prates repassou ao Jornal A TRIBUNA que estão pleiteando a criação de 175 vagas para agentes de endemias em Rondonópolis, a serem preenchidas por processo seletivo público. Com o processo de efetivação de 32 agentes em atuação, a partir de lei federal, esse número subiria para 207 agentes ao todo. “Estamos pensando no futuro da cidade, estamos fazendo uma previsão [com esse total de agentes] para suprir a cidade em mais 10 a 15 anos”, externou. Nesse contexto, informou que tem conversado com todos os gestores visando regularizar o quanto antes a situação dos agentes de endemias na cidade.
Mais um problema à vista é que o Ministério da Saúde vai efetivar repasses para custear apenas 94 agentes de endemias no Município. Edgar explica que os demais terão de ser custeados com recursos próprios da Prefeitura. Esse déficit, segundo ele, foi ocasionado porque ainda se trabalhou com o Censo de 2010, sem contar os inúmeros residenciais que foram criados a partir de então.
Apesar do déficit de agentes de endemias, Edgar esclarece que, em 2015, entre janeiro e 1º de dezembro, Rondonópolis possui 408 casos de dengue confirmados, segundo dados da Prefeitura. Também alega que, de acordo com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), o índice de infestação de Rondonópolis por mosquitos da dengue é de 2,7%, situação de alerta, não estando ainda em alto risco. Quanto à reivindicação do uso de fumacê, atesta que é arriscado expor a população a um produto tão agressivo.

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