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Entidades defendem Rotativo, mas falam em mudanças

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Funcionamento do estacionamento rotativo pago vem dividindo opiniões em Rondonópolis
Funcionamento do estacionamento rotativo pago vem dividindo opiniões em Rondonópolis
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neles Walter Ferreira de Farias: “Temos de pensar no macro, no futuro da cidade, que já tem mais de 150 mil veículos”
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neles Walter Ferreira de Farias: “Temos de pensar no macro, no futuro da cidade, que já tem mais de 150 mil veículos”

Se entre a população o estacionamento rotativo pago – o Rotativo Rondon ou “Zona Azul” –divide opiniões, por outro lado, o sistema é considerado como necessário pelas principais entidades ligadas ao comércio de Rondonópolis. Os presidentes da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista, ouvidos pelo Jornal A TRIBUNA, acreditam na necessidade do Rotativo, mas defendem que o sistema implantado na cidade precisa de adequações e mudanças. Na semana passada, o prefeito Percival Muniz externou ao A TRIBUNA a intenção de fazer uma pesquisa sobre o Rotativo, para ver se o comércio quer a permanência do sistema ou não, diante das muitas críticas que vem surgindo.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neles Walter Ferreira de Farias, acabar com o Rotativo seria um retrocesso. Diante da divisão de opiniões, ele externa que é preciso pensar no macro, no futuro de Rondonópolis, uma cidade que já conta com mais de 150 mil veículos e uma população de mais de 215 mil habitantes. Nisso, também aponta que as intervenções tecnológicas feitas pela administração ajudaram a diminuir os acidentes de trânsito na cidade. Apesar de a CDL ser a favor do Rotativo, externou que defende mudanças no sistema.
Neles lembrou que a entidade já relatou a necessidade de ampliação do horário permitido para permanecer na mesma vaga, de 2 horas para 3 horas, considerando o tempo atual insuficiente para os clientes fazerem as compras com tranquilidade. Outro ponto defendido seria a redução do valor cobrado pela hora estacionada, hoje R$ 2,50 para automóveis. “Acredito que o ideal seria R$ 1,50”, sugere. Contudo, diz que a empresa que administra o sistema alega a impossibilidade de promover essas mudanças, mostrando que são previsões dispostas em edital. Neles pondera que algumas sugestões da CDL já foram acatadas pela empresa, como ampliação das vagas para carga e descarga.

Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Rondonópolis, Almir Batista de Santana: “A divisão de opinião é muito grande”
Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Rondonópolis, Almir Batista de Santana: “A divisão de opinião é muito grande”

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Rondonópolis, Almir Batista de Santana, observa que a sociedade, até agora, não chegou a um consenso sobre o Rotativo. “A divisão de opinião é muito grande”, atesta, explicando que as pessoas de maior poder aquisitivo recebem bem a ideia, pois a encaram como uma facilidade na hora de estacionar. No entanto, observa que os moradores da periferia, de renda mais baixa, apresentam uma resistência muito grande quanto ao Rotativo. Ainda assim, ele entende que o sistema é necessário em Rondonópolis.
Nesse contexto, Almir Batista avalia que, pelo tempo que o sistema está em vigor, ainda não teve tempo para a população se acostumar com o mesmo. Apesar de pontos negativos, atesta que não pode negar a existência de aspectos positivos no sistema. Também analisa que adequações melhorariam a aceitação do sistema. “Acho que não precisava expandir tanto, mas ficar apenas na região mais central… Também acho interessante que o prefeito, como gestor público, faça essa pesquisa e, quem sabe, chame as entidades do comércio para uma nova discussão”, disse Almir.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), José Luiz Gonçales Ferreira, por sua vez, também externa a posição da entidade em favor do Rotativo, pois ajuda as pessoas que precisam encontrar uma vaga disponível quando vão ao Centro. Quanto às reclamações, ele atesta ser impossível hoje algum empresário dizer que as vendas caíram por causa do Rotativo, em virtude da situação econômica vivida em todo o Brasil. “Acho o Rotativo muito importante para uma cidade que quer crescer. Todas as cidades maiores que Rondonópolis possuem esse sistema”, pontuou.
José Luiz reconhece que existem empresários que falam mal e outros que falam bem do Rotativo. Ele externa que sugeriu ao prefeito Percival uma proposta que pode facilitar o uso do sistema. Sugere que empresas que estão no raio de abrangência do sistema possam oferecer internet sem fio de graça para os usuários acessarem o aplicativo. Em troca, cada empresa teria direito a uma vaga, que poderia ser usada pelos empresários como eles quisessem. Nisso, cada quadra teria uma vaga disponível para um empresário que aderisse à proposta. De qualquer forma, avalia que o Município não pode voltar atrás na adesão ao Rotativo.
Para o presidente da ACIR, a população ainda está se adaptando ao sistema, observando que vários terrenos baldios estão sendo transformados em opções de estacionamento alternativo. Ele acredita que seria interessante discutir agora com a população quais as vias em que o sistema deveria ser implantado.

Presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), José Luiz Gonçales Ferreira: “Acho o Rotativo muito importante para uma cidade que quer crescer”
Presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), José Luiz Gonçales Ferreira: “Acho o Rotativo muito importante para uma cidade que quer crescer”
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  1. Depoimentos convicentes, tarifa deve ser menor, e deveria ter tarifas diferenciadas para aqueles que utilizarem com frequencia continua. Ex. Usuários de cartórios, auto peças, etc. O restante são mudanças no trânsito, Rua 13 de maio, estacionamento em 15 graus, av. Mal. Rondon decidir como travessia urbana ou não.

  2. De uma olhada generalizada da forma como está, trouxe perca para todos. Porém quem mais perde é os condutores de veículos que não tem nada a ver com esta situação de arrecadação louca desta empresa. Do outro lado o Executivo e a Camara de Vereadores que comem quietos.

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