Os trabalhadores da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal em Rondonópolis paralisaram as atividades, por 24 horas nesta quarta-feira (10/06), com o intuito de protestar pelas perdas salariais no decorrer dos últimos 9 anos e em apoio ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 28/2015, em tramitação no Senado Federal, que reestrutura a carreira e reajusta o salário dos servidores do Poder Judiciário da União.
O ato dos servidores do Judiciário Federal em Rondonópolis acompanha movimento nacional em prol do PLC 28/2015. Inclusive, em vários estados, os servidores do Judiciário Federal já deflagraram greve por tempo indeterminado. Conforme o técnico judiciário Alex Sandro Ribeiro, que atua na Justiça do Trabalho em Rondonópolis, projeto está pronto para ser votado pelo Senado e tinha grandes possibilidades de entrar ontem na ordem do dia.
Em assembleia geral, às 16h de ontem, na Justiça Federal, em Cuiabá, os servidores do Poder Judiciário Federal em Mato Grosso decidiram, por sua vez, prosseguir em protesto, através de greve por tempo indeterminado. Eles receberam a informação de que a votação do PLC 28/2015 foi adiada em Brasília (DF). Segundo a categoria, os juízes federais de Mato Grosso oficializaram apoio à luta dos servidores contra o congelamento salarial.
Em todo o País, são cerca de 120 mil servidores sem aumento. “A greve é o único meio de conseguirmos chamar a atenção do Congresso e também do Governo, para aprovação do nosso plano de carreira, cujos valores já estão corroídos pela inflação há muito tempo. É uma luta da categoria que temos que apoiar”, avaliou o servidor federal Lindoval Landes da Silva, do setor de segurança, em Cuiabá.
Em Rondonópolis, a Justiça do Trabalho fica localizada junto à Rua Rio Branco, Jardim Santa Marta, e a Justiça Federal, na Avenida Goiânia, também no Jardim Santa Marta. As fachadas dos 2 órgãos receberam faixas sobre o pleito dos servidores.
A categoria voltará a se reunir hoje de manhã, em Cuiabá, para uma nova assembleia geral, de avaliação do movimento.
QUASE UMA DÉCADA SEM AUMENTO É BATER NA CARA DE QUEM TRABALHA E NÓS, APOSENTADOS, ESTAMOS DEFASADOS EM NOSSA APOSENTADORIA HÁ QUASE DUAS DÉCADAS. QUEM SE APOSENTOU POR EXEMPLO COM O EQUIVALENTE DE 8 A 10 SALÁRIOS MÍNIMOS HOJE RECEBE DE 3 A 4. A ISSO EU CHAMO DE ROUBO OFICIALIZADO. OS SENHORES DEPUTADOS E SENADORES NADA FIZERAM PARA CORRIGIR ESSA DISTORÇÃO BRUTAL, DEIXANDO OS APOSENTADOS NUMA SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL, POIS OS INTERESSES PARTICULARES DOS PARLAMENTARES FALA MAIS ALTO. DE NÓS ELES SÓ QUEREM O VOTO.