Os escrivães de Polícia Civil de Rondonópolis e demais municípios do estado de Mato Grosso cruzam os braços a partir desta sexta-feira (6) e prometem continuar em greve até que o governador Pedro Taques (PDT) cumpra a lei 540/2014, aprovada no ano passado e que prevê a reestruturação de classes da categoria. A informação foi repassada pela escrivã de Polícia Civil Olga Eliane Pinto Santos, representante na cidade do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Sindepojuc).
Ela explica que o sindicato, em assembleia geral em Cuiabá, na segunda-feira passada, aprovou o indicativo de greve com o prazo legal de 72 horas que na sexta-feira (6) já estará vencido. “O prazo legal de 72 horas é para comunicar aos órgãos públicos e demais integrantes da categoria sobre a greve. Esse é um prazo legal estabelecido antes de deflagrar uma greve”, explicou.
De acordo com Olga Santos, na sexta-feira, às 13h30, em Cuiabá, a categoria se reúne em assembleia geral para deliberações da pauta de greve dos escrivães. “Com esse movimento, queremos que o Governo do Estado abra uma porta de negociação com a categoria e cumpra a lei 540. Até agora, o governo não abriu para negociação. Ele [governo] alega que a lei é ilegal, porém até agora não levou a situação para o Judiciário. Fizemos a proposta de conceder os reajustes da reestruturação de classe no mês de abril retroativo a janeiro, mas o governo não se posicionou”, disse a sindicalista.
INVESTIGADORES: INDICATIVO DE GREVE MANTIDO
Já os investigadores de Polícia Civil decidiram anteontem em não paralisar as atividades mas, ao contrário do que foi noticiado ontem, manter o indicativo de greve até o mês de abril, quando uma ação impetrada no Tribunal de Justiça pelo Sindicato dos Investigadores da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Siagespoc), for julgada. A ação cobra o governo do estado o reajuste salarial dos investigadores de Polícia Civil previsto para este ano onde a primeira parcela de reajuste na ordem de 5% teria que ser paga já na folha do mês passado, conforme acordo do sindicato no ano de 2014 com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Porém, até agora o reajuste não foi concedido pelo atual governador.
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