Obras na MT-040 ainda não foram retomadas

Por telefone, Alaor de Paula, secretário adjunto da Secretaria Estadual de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), informou que as obras da rodovia MT-040, com previsão de retomada na data de ontem, ainda aguardavam aval do Banco do Brasil. Até o fechamento desta reportagem, a instituição financeira não havia sinalizado permissão para que o governo do Estado reinicie os trabalhos.
Na última semana ocorreu, por parte do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), a liberação do recurso a ser utilizado nos lotes 2, 3 e 4 da via, que liga Rondonópolis a Cuiabá, passando pelo Pantanal. Após esta etapa, o Governo do Estado repassou ao empresário e presidente do Comitê Pró-Rodovias, Elmo Bertinetti, a data de ontem como marco da retomada das obras. O Comitê Pró- Rodovias tem se mantido à frente na cobrança pela conclusão da MT-040.
De todo o recurso, cabe ao BNDES a destinação de 90%, sendo de responsabilidade do Estado o restante. “Na semana passada, a MT-040 foi vistoriada pela instituição financeira. Agora estamos apenas no aguardo do aval para a retomada imediata das obras”, afirma o secretário adjunto.
Sem a permissão concedida até ontem, soma-se mais um atraso à lista da MT-040. Desde 2013, as obras se mantêm paralisadas. Em primeiro momento, o Estado alegou falta de recurso, depois más condições climáticas. Em julho deste ano, acreditava-se, como o prometido, na retomada logo após a Copa do Mundo, aproveitando o período de seca. Neste mês, nem um metro de pista foi trabalhado.
Desde 2013, apenas 77 quilômetros de um total de 230 foram pavimentados pela Setpu. Em maio deste ano, um ato marcou o aniversário da obra, àquela altura já paralisada, e apontou para a conclusão de toda a extensão ainda em 2014. Devido ao atraso, são mínimas as condições de cumprimento do prazo.
Em conversa com o A TRIBUNA na última semana, Elmo Bertinetti comemorou a tão esperada liberação do fundo para que fossem retomadas as obras na MT-040. Na sua avaliação, ainda que o prazo não seja cumprido, há tempo do governo do Estado adiantar os trabalhos e garantir ao menos a trafegabilidade na via. Sua preocupação maior é com o adiantar dos lotes 2 e 3 da via, que sofrem com alagamentos e precisam de agilidade neste período de seca. “Se houver aumento no nível, com terraplanagem e cascalho, já se garante a trafegabilidade” analisou, em referência aos trabalhos previstos para os próximos cinco meses.