O promotor de Agricultura de Rondonópolis, Renato Mendes, acompanhou na manhã de ontem (1) os serviços de adequação de terrenos na Aldeia Bororo Pobore. No local, o Município está preparando cinco espaços individuais de um hectare cada para entregá-los a cinco famílias totalmente prontos para a agricultura. Ainda será adequada uma área única de seis hectares para servir a toda comunidade, de cerca de 20 famílias. Paralelamente, inicia também neste mês a abertura de cinco tanques comunitários, sendo um para a Pobore e outros quatro para atender cada uma das aldeias vizinhas, inclusive a central Tadarimana.
De acordo com Renato, inicialmente este aporte técnico servirá para aumentar a oferta de alimentos e o consumo próprio dos indígenas, mas há a intenção da Promotoria de assessorá-los até mesmo para que os produtos sejam comercializados e traga recursos para a comunidade. “Especialmente a Pobore, que é uma aldeia mais distante da central, vimos a necessidade de intervenção urgente para evitar que este pessoal passe por dificuldades. Eles devem em breve produzir milho, mandioca e outras culturas para garantir uma vida melhor”, estima o promotor.
O planejamento traçado pela Promotoria, especialmente na área comunitária de seis hectares, inclui até mesmo ceder as ramas de mandioca, transportá-las até a aldeia e dar todo o suporte técnico do plantio até a colheita. Para o cacique da Pobore, José Taririkiareau, a vida das famílias tende a melhorar com o suporte dado pelo poder público. “É um primeiro passo que damos. Cada família vai ter sua plantação e isto é muito importante para que não falte comida”, resumiu.
Raimundo Itogoga, de 69 anos, falou da dificuldade que a comunidade convive com a falta de alimentos para suprir a necessidade de tanta gente. “Acho que vai ser muito bom começarmos a ter produção de mandioca, milho e outras coisas que o homem branco produz. Cada família vai poder viver melhor sem ter que ficar comendo só palmito e coco”, falou Itogoga.
Além da Pobore, os bororos têm uma comunidade que engloba as aldeias Pobodiare, Praião, Jurigue e a principal, Tadarimana.
Breaking News
É engraçado como o povo indígena insiste em lutar por áreas absolutamente não condizentes com a população da aldeia, alegando que precisam de uma área daquele tamanho pra manter sua cultura, seus costumes, sua origem! Tá! Porque diabos o povo indígena então, precisa de tratores de esteira, tanques comunitários, casas de alvenaria, caminhonetes, etc? Isso é coisa de homem branco! Sou a favor de que os índios evoluam, como aliás toda a humanidade fez! Eles insistem em ficar na idade da pedra quando lhes convém… …mas tô cansado de ver índios cheios do conforto da vida moderna! Isso não é um contra-censo? Eu tenho descendência européia, meu “povo” não é daqui! Mantemos algumas tradições de antigamente. Mas EVOLUÍMOS. Porque essa insistência em viver no passado? Não entendo isso! Pode-se evoluir, e manter o respeito com as origens.