Depois do sufoco, o torcedor rondonopolitano, enfim pôde soltar o grito. Brasil e Chile fizeram, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, um jogo digno de muita comemoração. Neste quesito, Rondonópolis tem feito sua parte. Lions lotada e festa em verde e amarelo.
Após a decisão por pênaltis, o Brasil venceu por 3 a 2. Por decisão unânime, o nome do jogo o goleiro Júlio César, autor de defesas que salvaram a seleção. Quanto ao nível do futebol apresentado, há quem ainda não se dê por convencido, principalmente pelo segundo tempo da partida. Para a torcida, faltou Neymar, sobrou espaço para o adversário, brilharam a sorte e a estrela do goleiro.
Para o torcedor, porém, o que importa é o resultado final. Ainda mais se de vitória. A comemoração tradicional na Avenida Lions Internacional começou tímida, mas logo tomou corpo. Dia de classificação brasileira e noite de sábado, motivos de festa.
Reginaldo Silva, 47 anos, engenheiro agrônomo
“O Brasil tem a vantagem de jogar em casa e ter a torcida a favor, mas, desta vez, vi sua pior atuação. O Chile vem crescendo muito e o Felipão já havia previsto que seria difícil há dois anos. Creio que agora a coisa tende a melhorar e o sufoco vai passar. O Chile era mesmo o adversário mais difícil. É claro que o Júlio César foi o destaque maior, se redimiu da Copa de 2010 e soltou a fúria que estava entalada”.
Maykon Lopes, 28 anos, administrador
“O jogo foi tenso, emocionante. Brasil jogou com o coração, o que fez com que perdesse a cabeça em alguns momentos. Esse jogo mostrou a rivalidade que existe no futebol sulamericano, já era esperado que fosse desta forma. Creio que a tendência, agora, é ser um pouco mais fácil. Hoje alguns atletas ficaram apagados e isso também prejudicou. Esperava um pouco mais do Neymar, principalmente no segundo tempo”.
Andreia Mateus da Silva, 39 anos, gerente comercial
“Este jogo foi sofrido, na garra. Duvido que continue tão difícil assim. Não gostei da atuação do juiz, errou muito, anulou um gol. Sorte que o Júlio César salvou. Foi o cara do jogo”.
Diego Matos, 27 anos, autônomo
“Penso que agora é que vai ficar difícil. A cada fase o desafio aumenta. No segundo tempo perdemos Neymar, Fred sempre sumido, Hulk sendo Hulk. Se não fosse o Júlio César…”.
Breno Amaral Araújo, 16 anos, estudante
“O Brasil não jogou como eu esperava. O Neymar sumiu no 2º tempo. A saída de bola ficou só no chutão. Espero ver atuação melhor e jogos mais fáceis para o Brasil, que hoje [ontem] dependeu do Júlio César”.
Marcela Brasil, 22 anos, estudante
“O tempo inteiro sofrido. O Brasil ficou muito no passe e não atacava, faltou mais jogadas. Espero que não seja assim na próxima”.