Após obterem parte da pauta de reivindicações atendida pelo Governo do Estado, os servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), que estavam em greve desde o dia 21 de outubro, decidiram voltar ao trabalho. Ontem (18), as atividades já haviam sido retomadas na 2ª Ciretran e na Agência Vip em Rondonópolis.
A decisão de retorno às atividades foi tomada pelos servidores depois da realização de uma reunião da categoria com os secretários da Casa Civil, Pedro Nadaf, de Administração, Francisco Faiad, com o auditor-geral do Estado, José Alves e com o presidente do Detran-MT, Giancarlo Castrillon.
Segundo o delegado regional do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT) em Rondonópolis, Francisco Xavier Vieira, a categoria decidiu finalizar a greve, porém continuará mobilizada, pois não obteve os avanços que pretendia com o movimento grevista. “Fomos atendidos em parte”, explica.
Entre as reivindicações atendidas pelo Governo do Estado, está a operacionalização do DetranNet por servidores, elaboração de um novo edital de concurso público, reestruturação organizacional do Detran e devolução de servidores cedidos para órgãos de origem. Ficaram pendentes as pautas que tratam da liberação de recursos para o Detran e também a revogação da lei que prevê a terceirização da vistoria ambiental e veicular.
Com relação ao concurso público, ficou definido entre a categoria e o Governo do Estado, de acordo com o Sinetran-MT, que será criada uma comissão para elaboração do edital de um novo concurso público até o dia 30 deste mês. “Porém o Governo do Estado se recusa a abrir vagas para médicos e psicólogos do Detran responsáveis pelos exames médicos da carteira de habilitação. Atualmente não existe critério para a contratação desses profissionais, fiscalização, controle de frequência ou compatibilidade de horário de atendimento ao público”, afirma o sindicato.
O Sinetran-MT também explica que o Governo do Estado mudará a estrutura organizacional do Detran, diminuindo os cargos de chefia de 191 para 140 e desse total, 70 serão ocupados por servidores efetivos. Tal mudança estará vigorando a partir do dia 2 de janeiro de 2014 e, na avaliação do sindicato, gerará uma economia de aproximadamente R$ 3 milhões anuais ao órgão.