A segunda melhor campanha na Taça Guanabara não escondeu os problemas do Fluminense, e a eliminação para o Vasco na semifinal do Carioca reforçou que eles são graves e comprometedores. Seja na formação com dois ou três atacantes, o time de Renato Gaúcho oscilou durante a fase classificatória, apesar de só ter ficado atrás do Flamengo. Mas dificuldades ficaram em evidência. Zaga instável, esquema vulnerável e Darío Conca sobrecarregado foram alguns deles.
Renato avaliou a queda no estadual como desconfortável, mas natural. Foi coerente ao reconhecer erros e dizer que nem tudo é terra arrasada nas Laranjeiras, mas, segundo o próprio, há muito a melhorar, sim. E rápido. “Não adianta achar que está tudo errado. Tem algo errado, sim. Vamos trabalhar para melhorar. Alguma coisa tem que ser feita. A gente vai sentar, conversar, trocar ideia, ver o que tem de bom e de ruim, procurar corrigir. A próxima partida é decisiva”, disse Renato.
O Fluminense de resultados mais firmes e principalmente de reforços. A primeira parte terá um capítulo decisivo em 10 de abril. O time enfrentará o Horizonte-CE, pelo segundo jogo da primeira fase da Copa do Brasil. Derrotado em Horizonte por 3 a 1, terá de mudar o quadro no Maracanã com vitória por dois ou mais gols. Se devolver o placar do Ceará, a decisão vai para os pênaltis.
O impacto de uma nova eliminação, desta vez na segunda competição mais importante do país, seria muito mais incômodo do que a dor de cabeça matinal numa segunda-feira pós-clássico com derrota. As críticas ainda brandas dariam lugar a um forte questionamento do trabalho. Foi por isso que Renato colocou a classificação como obrigatória.
Até o jogo contra o Horizonte, o Fluminense terá dez dias de preparação. Tempo para que Renato faça mais coletivos e treinos táticos, algo raro desde o fim da pré-temporada, e para que a diretoria comprove o discurso de que está se mexendo nos bastidores.
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