O caminho do Corinthians até uma eventual final no Mundial de Clubes da Fifa está traçado. O time respirou aliviado por ter conseguido evitar o time mexicano do Monterrey. Mas, em compensação, terá provavelmente uma equipe africana como adversária e a direção já alerta que a vaga para a final não será tão automática quanto imaginavam. Nesta segunda-feira, em Zurique, o sorteio estabeleceu a tabela para o Mundial que ocorre no final do ano no Japão, com a presença também do Chelsea, o campeão europeu.
O Corinthians entra para a disputa apenas na semifinal, um privilégio dado apenas aos clubes sul-americanos e europeus. O sorteio estabeleceu que o time paulista jogará contra o vencedor de uma chave nas quartas de final que conta com o fraco Auckland City, da Nova Zelândia e campeão da Oceania, o campeão africano ou o campeão do Campeonato Japonês, que sedia a competição.
Mas a grande aposta mesmo da direção do Corinthians é de que seja mesmo uma equipe africana que estará em seu caminho, o que não deixa ninguém satisfeito. A Liga dos Campeões da África ainda está em sua semifinal e a vaga para o Mundial será definida apenas no início de novembro.
Entre os possíveis adversários está o Mazembe, time do Congo que há dois anos eliminou o Internacional na semifinal e se transformou na sensação do torneio. Os demais candidatos são o combativo Al Ahly, do Egito, o Esperance, da Tunísia (atual campeão), e o Sunshine Stars, da Nigéria. Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, admitiu que a tarefa, em qualquer um dos casos, não será fácil e alertou que o time paulista terá de mudar sua forma de entrar em campo para sair com um resultado positivo.
“Os africanos são imprevisíveis. Fisicamente e tecnicamente eles são muito fortes”, disse Edu, sobre os africanos. “Joguei com eles na Inglaterra e vi o que era. Os jogadores brasileiros não estão acostumados e o Corinthians terá de se adaptar para entrar em campo”, alertou.
Outro eventual problema seria enfrentar o time japonês que se classificar para o torneio. Tecnicamente são mais fracos, mas terão a torcida inteira os apoiando. Se o Campeonato Japonês terminasse hoje, o campeão e classificado para o torneio seria o Hiroshima.
