O Santos e a DIS se reúnem nesta sexta-feira, em São Paulo, para tratar do futuro de Paulo Henrique Ganso. A tendência é que seja definido um aumento de salário e a assinatura de um contrato mais longo – o atual termina em fevereiro de 2015 – atendendo ao apelo do jogador de ser valorizado pelo próprio clube, a exemplo do que acontece fora do país. Segundo o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, não haverá redução no valor da multa para o exterior, de 50 milhões de euros.
A insatisfação de Paulo Henrique Ganso se arrasta desde a sua grave contusão sofrida diante do Grêmio, no fim de agosto do ano passado. No dia seguinte ele deveria se reunir com os executivos que compõem o grupo GUIA – Gestão Unificada de Inteligência e Apoio ao Santos -, mas o encontro foi abortado. Naquela reunião, o melhor camisa 10 do futebol brasileiro teria os rendimentos equiparados aos de Neymar, passando dos atuais R$ 130 mil/mês para R$ 500 mil.
Mas, enquanto se reabilitava da cirurgia no joelho esquerdo, Paulo Henrique Ganso via o Santos questionar os 20% dos direitos econômicos sobre o jogador adquiridos pela DIS – braço do Grupo Sonda de investimento no futebol – na gestão de Marcelo Teixeira A decisão de Ganso de não ceder 30% dos direitos de sua imagem foi outro empecilho.
Como Neymar só tinha 50% dos direitos, a negociação lhe sendo favorável porque acabou recebendo mais 20% dos 50% do Santos. Como a DIS também cuida dos interesses de Paulo Henrique Ganso, o projeto de carreira que o Santos pretendia montar para ele se torna inaplicável.
Fontes ligadas a Ganso dizem que mesmo que não haja acordo para que o seu contrato seja refeito, com aumento salarial, ele vai voltar a jogar com a mesma disposição, mas se mantém no firme propósito de se transferir para o futebol na janela do meio do ano. E tudo indica que o seu destino seja mesmo Milão, na Itália, para jogar pelo Milan ou Internazionale. Ganso se tornou amigo de Leonardo, técnico da Internazionale e admirador do seu futebol.
O que parece estar definitivamente descartada é a possibilidade do pagamento da multa de R$ 60 milhões para clubes brasileiros e a sua colocação no Corinthians, numa ponte para a ida de Paulo Henrique Ganso para o exterior. O Santos e DIS tem 45% cada dos direitos de Ganso e os outros 10% pertencem ao jogador.
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