O fisiologista Turíbio Leite de Barros afirma com sua experiência esportiva de décadas, que os atletas, em especial os de futebol, tem sido cada vez mais exigidos. “Isso certamente vai consumindo mais o físico”. Porém o especialista ressalta que não há uma fórmula para determinar a hora de parar. “Isso acontece porque o que vale não é o relógio cronológico, mas o biológico”. Segundo ele, os efeitos do tempo em uma pessoa de 35 anos podem ser diferentes de uma pessoa para outra e algumas pessoas podem ser levadas a encerrar suas respectivas carreiras antes do tempo, por simples preconceito.
Quanto à decisão de parar as atividades por um tempo para depois voltar, como alguns atletas tem feito, Turíbio alerta dos prós e contras. “Não acredito que seja prejudicial, mas será preciso trabalhar muito mais para resgatar a condição física de antes e, o que é até mais difícil, superar a desconfiança das pessoas”.
O fisioterapeuta Luís Rosan ressalta que, atualmente, a medicina esportiva avançou a ponto de poder aumentar a longevidade de um atleta porém o efeito pode ser reduzido em realidades como a brasileira, nas quais um jogador de futebol pode ser submetido a uma maratona de 80 jogos anuais. “Na Europa, um atleta que defende a seleção brasileira joga, em, média, 60 jogos por ano”, é uma diferença significativa, aponta.
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