São Paulo
O surto de febre amarela silvestre em humanos deste ano é o maior já registrado pelo Ministério da Saúde. Grande parte dos casos atinge Minas Gerais, mas há confirmação da doença em mais quatro estados: Espírito Santo, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Só neste ano, 107 pessoas foram contaminadas e 47 delas morreram por causa da febre amarela.
O estado de São Paulo tem seis mortes confirmadas em decorrência da febre amarela. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, dois casos são autóctones e ocorreram nos municípios de Batatais e Américo Brasiliense, no interior. Os outros quatro casos são importados, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais.
De acordo com a secretaria paulista, há 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, quatro são do interior do estado e as demais de Minas Gerais, Pará e Amazonas. No ano passado, foram confirmados duas mortes: uma em Bady Bassit e outra em Ribeirão Preto.
“Contamos com duas situações diferentes. Uma é a febre amarela para a qual temos uma vacina competente, mas que tem efeitos adversos e tem que ser muito bem pesado a quem aplicar a vacina. Para as outras três arboviroses não temos vacina. A vacina que estamos testando está indo muito bem já com quase 5 mil voluntários vacinados. Essa reunião foi fundamental para mostrar que não podemos arredar os esforços no embate contra o Aedes”, disse o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip.
De acordo com Uip, além dos quatro arbovírus a nova preocupação do governo estadual é com a gripe aviária. “O Zika eu continuo achando que é um temporal que vai passar, mas ele preocupa muito porque atinge a mulher e o recém-nascido e transforma o doente em crônico. A febre amarela, conhecemos há anos e não temos febre amarela urbana desde 1942. Com relação à febre amarela silvestre pedimos mais doses da vacina para São Paulo, e vigiamos o macaco”.