O mau humor dos investidores com a situação da economia e das contas do País continua a penalizar a Bovespa no início deste ano. A bolsa fechou em queda de mais de 2% ontem (9) abaixo dos 50 mil pontos, após uma forte aversão ao risco de contaminar a negociação e desencadear uma onda de stop loss tanto no mercado futuro quando na negociação regular. Segundo operadores, os investidores estrangeiros atuaram forte na ponta vendedora, provocando quedas acentuadas das ações da Petrobras, da Vale e de bancos, os principais componentes do índice.
No fim do pregão, o Ibovespa caiu 2,48%, para 49.321,68 pontos, o menor nível desde 29 de agosto (49.921,88 pontos). Na máxima do dia, o índice atingiu 50.576 (estável) e na mínima, alcançou 49.259 pontos (-2,61%). A bolsa acumula baixa de 4,24% no ano e no mês de janeiro. O volume de negócios somou R$ 7,065 bilhões.
A responsável por Brasil na agência de classificação de risco Standard & Poor’’s, Lisa Schineller, voltou a afirmar nesta ontem que a decisão de rebaixar o rating do Brasil pode ser tomada antes ou depois das eleições de outubro. “Vemos uma deterioração na economia brasileira e a dúvida é se essa tendência vai continuar ou pode ser interrompida”, disse ela.