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SOJA: preços firmes

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de preços firmes, reagindo principalmente na parte final da semana, acompanhando as cotações futuras em Chicago. A colheita no Brasil está praticamente finalizada e a safra recorde está com firmada.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu estabilizada na casa de R$ 66,50 entre os dias 1 e 8 de maio. Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 65,50 para R$ 67,00. Em Rondonópolis, a cotação subiu de R$ 58,50 para R$ 59,00. Em Dourados (MS), o preço avançou de R$ 61,00 para R$ 61,50. Em Rio Verde (GO), a cotação seguiu em R$ 63,00.
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho subiram de US$ 14,61 para US$ 14,69 por bushel no período. O mercado iniciou a semana pressionado, mas esboçou reação a partir da quinta. Sinais de fortalecimento da demanda pela oleaginosa garantiram a recuperação.

BOI GORDO: maior oferta

Os preços do boi gordo continuaram firmes ao longo desta semana. Os frigoríficos de uma maneira geral encontraram dificuldades para compor suas escalas de abate, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, o bom posicionamento das escalas de abate registrado durante a segunda quinzena de abril deixou de existir.
A incidência de novo feriado prolongado, no final da semana passada, provocou morosidade nas negociações, encurtamento das escalas de abate. Na média as escalas de abate estão posicionadas entre três e quatro dias úteis. Mas, há um importante ponto de consumo durante a primeira quinzena de maio, que é o Dia das Mães, data que deve impactar no comportamento dos frigoríficos.
A expectativa é que a atuação na compra de gado seja mais agressiva, visando atender a demanda adicional para o Dia das Mães. Tradicionalmente os preços da carne bovina apresentam boa alta durante o período em questão, sobretudo nos cortes mais nobres.
Com uma eventual alta da carne, haveria respaldo para algum reajuste do boi gordo em um primeiro momento. Entretanto há previsão de maior oferta de boi gordo para o mês de maio, diz Iglesias. Isso deve alterar os parâmetros a partir da segunda quinzena do mês, período em que a demanda tende a ser mais comedida. Os preços devem acabar recuando durante esse período em boa parte da Região Centro-Sul, aponta Iglesias.

ALGODÃO: fraqueza no Brasil

No mercado nacional de algodão, a pluma seguiu em declínio nos últimos dias, como visto nas últimas semanas. A cotação já decresceu cerca de 16% desde o patamar mais alto deste ano, que foi em fevereiro. Atualmente os negócios de pluma estão em torno de R$ 1,90 por libra-peso e com tendência de continuar caindo, aponta o analista de Safras & Mercado, Rodrigo Eduardo Neves.
Os fatores baixistas do preço são a reduzida demanda por parte da indústria, que é consequência da redução do consumo do produto na ponta da cadeia, e também da estimativa de uma vasta safra de algodão não Brasil, afirma o analista.
As expectativas incertas de redução do volume de importação por parte da China não só de algodão, mas todas as demais commodities, seguem pressionando o mercado. O movimento esperado é de utilização dos vastos estoques chineses que representam cerca de 60% do acumulado mundial, diz o analista de Safras & Mercado, Rodrigo Eduardo Neves.
Em contraponto a essa expectativa, o subsídio de preço que o governo da China aplicava sobre as cotações da pluma aos cotonicultores foi cortado, assim se esperando uma redução da intenção de plantio por esta cultura. Este fato pode gerar, ao contrário do que o mercado mundial espera, uma estabilização do volume de importações chinês, e não o corte que vem sendo especulado.

MILHO: preço em queda

O mercado brasileiro de milho se encaminha para o final de mais uma semana com um quadro de preços sinalizando quedas, tanto para o cereal proveniente da safra verão, que se encontra disponível para venda, tanto para  o milho a ser colhido na safrinha.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, com a safrinha se desenvolvendo de forma normal, por conta do clima favorável, e com o câmbio valorizado, houve uma acomodação dos preços, até mesmo em razão do maior interesse de venda por parte dos produtores neste momento. “A comercialização estava se mostrando bem lenta para o milho disponível e da safrinha, mas houve um avanço nos negócios nesta semana”, disse.
Molinari acredita que o mercado permanecerá pressionado na próxima semana. “Apenas o câmbio e as possíveis mudanças dos preços externos podem sinalizar algo diferente desta tendência. A curva de preços deve continuar em baixa para o mercado interno, por conta da influência do clima para a safrinha”, ressalta.
Nas exportações, o analista indica que as vendas até o momento não fogem da trajetória normal, uma vez que o Brasil sempre embarca menores volumes no primeiro semestre em relação ao segundo. “Podemos dizer que a venda para na exportação para o período da safrinha segue lenta, pelo fato dos produtores ainda apostarem em variáveis de clima nos Estados Unidos, ou mesmo na safrinha brasileira, que poderiam contribuir para uma alta dos preços. Com isso, ainda vendem pouco milho antecipado, mantendo as exportações futuras ainda discretas”, analisa.
A análise semanal de preços de Safras & Mercado indicou que os preços recuaram na maioria das regiões na comparação frente aos valores praticados na sexta-feira passada (02) e nesta quinta (08). Em Minas Gerais, a cotação para venda se manteve em R$ 27,50 em Uberlândia e em R$ 30 em Pará de Minas, recuando de R$ 28,00 para R$ 27,50 em Uberaba.
Em Goiás, a saca seguiu cotada em R$ 24,50 em Rio Verde e em R$ 24,00 em Jataí. Em Mato Grosso do Sul, base Dourados, a saca de milho foi vendida a R$ 24,00, contra R$ 25,00 da semana passada. Houve queda de R$ 0,50 em Chapadão do Sul, onde o preço da saca ficou em R$ 24,00. Em Mato Grosso, base Rondonópolis, a saca foi vendida a R$ 20,50, contra R$ 21,50 na semana passada.

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