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SOJA: trajetória de alta

O mercado brasileiro de soja iniciou março mantendo a tendência de preços firmes, que predominou em fevereiro. A comercialização, no entanto, segue em ritmo lento, com os produtores mantendo uma postura retraída, diante dos problemas climáticos e do impacto destes na produção brasileira.
As chuvas em excesso comprometeram a colheita e prejudicaram o número final da safra no Mato Grosso. Em outras regiões, como Paraná, Minas Gerais e São Paulo, o problema foi a estiagem. Com a perspectiva de uma safra menor e de preços melhores, os produtores saíram do mercado e adotaram uma postura cautelosa.
A saca de 60 quilos subiu de R$ 71,00 no dia 27 de fevereiro para R$ 72,00 em 6 de março, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 67,00 para R$ 68,00. Em Dourados (MS), o preço avançou de R$ 62,00 para R$ 62,50, enquanto em Rio Verde (GO), pulou de R$ 63,00 para R$ 64,00. Houve queda somente em Rondonópolis, de R$ 62,00 para R$ 60,00.
A alta nas cotações domésticas esteve ligada ao desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A posição maio acumulou valorização de 3,45%, passando de US$ 13,90 para US$ 14,38 por bushel. Além dos problemas na safra do Brasil, o mercado internacional segue sendo impulsionado pela demanda aquecida pela soja americana.

BOI: lentidão de negócios

Como já era esperado, houve grande lentidão no mercado físico de boi gordo brasileiro durante o Carnaval. A incidência do feriado prolongado prejudicou a fluidez das negociações. Poucos pecuaristas embarcam durante tal período. Por conta disso, houve um encurtamento generalizado das escalas de abate.
Muitos frigoríficos ainda não fecharam as escalas para esta semana. Nesse caso, a expectativa é que os mesmos atuem de maneira mais agressiva na compra de gado nos próximos dias. Vale ressaltar que esta semana marca o recebimento da massa salarial, portanto, há mais este ingrediente para aumentar a pressão sobre os frigoríficos.
O quadro de escassez de oferta em meio a safra de boi gordo ainda é recorrente. Os pecuaristas aproveitam o bom volume de chuvas no Centro-Oeste ao longo dos últimos dias para recuperar o peso dos animais. Ainda não há bom volume de boi gordo terminado. Com esses fatores implícitos, a expectativa é que durante a primeira quinzena de março ocorra boa alta dos preços da arroba do boi gordo.
A média semanal de preços (5 e 6/02) em São Paulo foi de R$ 121,95 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 115,33 por arroba. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 108,80. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 110,80. Em Mato Grosso, o preço manteve-se em R$ 103,16 a arroba.
No atacado, a média semanal ficou em R$ 6,35 nos cortes de dianteiro e de R$ 9,80 nos cortes de traseiro.

MILHO: boa procura

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucos negócios e pequeno volume de ofertas, mas houve boa procura. O analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, afirma que a firmeza nos preços se deve às quebras da safra de verão. “Isso faz com que o produtor queira vender muito pouco”, explicou, acrescentando que as altas na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) ajudaram os ganhos também.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 212,4 milhões em fevereiro, com média diária de US$ 10,6 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país chegou a 1,063 milhão de tonelada, com média diária de 53,2 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 199,8.
Entre janeiro e fevereiro, houve uma baixa de 59,2% no valor médio exportado, uma retração de 60% na quantidade e uma alta de 2,1% no preço médio. Na relação entre fevereiro de 2014 e o mesmo mês de 2013, houve baixa de 70,5% no valor total exportado, perda de 58,3% na quantidade total e desvalorização de 29,3% no preço médio.
O porto de Paranaguá registrou nesta quinta-feira preço a vendedor R$ 29,00 e o porto de Santos a R$ 30,50 para agosto/setembro.
No estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou em R$ 27/28,00, inalterado. Em São Paulo, preço em R$ 31/32,00 na Mogiana. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia a R$ 30/31,00. Em Goiás, preços a R$ 26/27,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço a R$ 20/25,00, em Rondonópolis.

ALGODÃO: maior liquidez

O mercado nacional de algodão em pluma opera com maior liquidez neste início de março, apresentando alto volume de negócios registrados. “Isso se deve a uma maior flexibilidade em negociar que a parte ofertadora vem apresentando”, explica o analista de Safras & Mercado, Guilherme Tresoldi. “O desencontro entre preços pedidos e ofertados é o que vinha limitando a liquidez nacional”, pondera.
Os preços parecem ter encontrado um ponto de estabilidade, apresentando pequenas variações. No CIF de São Paulo, a pluma estava cotada em R$ 2,23/libra-peso no fechamento do dia 06 de março, mesmo patamar do dia anterior. Em comparação a mesmo momento do mês passado, a queda apontada é de 2,2%, enquanto que, em comparação a mesmo período do ano anterior, aponta alta de 15,5%.
Conforme Tresoldi, as cotações da pluma no mercado nacional devem se manter estáveis nos próximos dias. “No momento em que as indústrias entrarem com mais força no mercado, realizando negócios, o preço do produto deve voltar a se valorizar”, projeta.

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