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SOJA: preços caem

Com a proximidade da colheita da maior safra da história, os preços da soja recuaram nas principais praças do Brasil durante o mês de janeiro, que foi marcado também pela lentidão no ritmo dos negócios e o início da colheita no Centro-Oeste. Na Bolsa de Chicago, as cotações futuras também sentiram o impacto da perspectiva de aumento na oferta sul-americana.
Levantamento realizado por Safras & Mercado indicou preço médio em janeiro de R$ 67,15 asaca de 60 quilos em Passo Fundo (RS). Em dezembro, a média na região foi de R$ 72,10. Em Cascavel (PR), o preço médio caiu de 73,85 para R$ 64,65.
Em Rondonópolis, a cotação teve média de R$ 57,00 em janeiro. Em dezembro, a média havia ficado em R$ 66,25. Em Dourados (MS), o preço médio passou de R$ 68,05 para R$ 59,70. A média também caiu em Rio Verde (GO): de R$ 73,60 para R$ 60,30.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março tiveram média de US$ 12,99 por bushel, contra US$ 13,30 do mês anterior. Com o bom desenvolvimento das lavouras sul-americanas, o foco dos compradores, principalmente chineses, deve se deslocar dos Estados Unidos para a Argentina e o Brasil, o que determinou esta queda nas cotações.

MILHO: negócios pontuais

O mercado de milho brasileiro pode ser separado por dois momentos diferentes no mês de janeiro. A primeira quinzena; quando ainda havia exportação. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado era outro – a demanda no porto de Paranaguá literalmente sustentou os preços.
Durante a segunda quinzena de janeiro, o quadro virou. A soja se tornou prioridade. Toda a estrutura rodoviária e portuária se preparou para receber a soja. Com isso, o foco se voltou ao mercado interno. “Note que em alguns estados a prioridade também foi a soja, e os negócios de milho ocorreram apenas para suprir necessidades pontuais”, observou o analista.
Essa característica foi dominante no Mato Grosso, em Goiás e no Paraná. Em São Paulo, as negociações fluíram de maneira mais satisfatória, afinal, a colheita flui bem no estado: clima quente e seco, o que beneficia os trabalhos.
A média mensal de janeiro nos preços foi de R$ 23,27 no estado do Paraná em Cascavel. 27,54. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia ficou a R$ 25,12. Em Goiás, preços a R$ 22,95, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou a R$ 15,15. No Porto de Paranaguá, a média mensal foi de R$ 27,49.

BOI: incrível sustentação

O mês de janeiro foi atípico para os padrões brasileiros no mercado físico do boi gordo. Isso porque os preços apresentaram incrível sustentação durante todo o mês e não cederam conforme o esperado.
Mesmo isso é justificado pela queda dos abates até o momento. O resultado é simples: boi caro, carne barata no mercado interno. O que contrabalançou o quadro foram as exportações, que seguem muito expressivas, obtendo excelentes receitas por conta do real desvalorizado.
A média mensal dos preços em São Paulo foi de R$ 114,15.  Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 107,10.  Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 106,40. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 106,20.  Em Mato Grosso, preço esteve a R$ 100,60.
O mercado atacadista de carne bovina com osso opera em ambiente fraco, refletindo a lentidão e apatia do consumo, logo a queda de preços já é esperada, pois a quantidade de carne atende à procura, apesar da redução dos abates. Caso não ocorra reação do consumo, a sustentação de preços ficará sujeita à diminuição da oferta de carne desossada. Entretanto o ambiente é duvidoso, e a próxima semana deverá refletir a procura pelo produto deste fim de semana.

ALGODÃO: evoluindo

O mercado nacional de algodão fecha o mês de janeiro com firmeza em seus referenciais de preço. No CIF de São Paulo, a fibra estava cotada em R$ 2,28 por libra-peso no dia 28, apontando alta de 0,4% frente ao fechamento da segunda-feira, 27. No mês, a elevação acumulada é de 8,1%. “Esta é a maior cotação da fibra em cinco meses”, lembra o analista de Safras & Mercado, Guilherme Tresoldi.
A liquidez do mercado interno está melhor. “Mesmo com os preços pedidos pelo produtor serem superiores aos que as indústrias oferecem, as mesmas estão mais ativas no mercado, abastecendo seus estoques, movimento natural nesta época do ano”, explica.
O mercado internacional também vem operando em alta nas últimas semanas. “Mas há uma instabilidade no cenário mundial da pluma, em vista da nova política chinesa de não mais importar o produto para seus estoques – a China possui cerca de 60% dos estoques mundiais”, frisa Tresoldi.
Pela paridade de importação, a fibra norte-americana, cotada a US$ 0,84 por libra-peso na Bolsa de Nova York (março/14 na ICE) no dia 28, com o câmbio de R$ 2,4250 por dólar e com da TEC de 10%, chegaria ao CIF de São Paulo a R$ 2,87/lb (com ICMS). O produto nacional é disponibilizado no mesmo mercado a R$ 2,54 por libra-peso, ou seja, teria espaço para subir até 12,9%.
Pela paridade de exportação, o algodão a R$ 2,17 por libra-peso no interior do Mato Grosso chegaria ao FOB de Santos/SP por volta de R$ 2,31/lb. Com o câmbio atual corresponderia a US$ 0,95/lb, ou 13,13% superior à cotação de março/14 na Ice Futures.
Além de demanda nacional aquecida e preços internacionais em alta, outro fator que vem puxando as cotações nacionais para cima é o dólar apreciado frente ao real. “Para as próximas semanas, a tendência no mercado interno é de alta, especialmente no período de entressafra, quando a oferta diminui”, completa o analista de Safras & Mercado.

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