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SOJA: poucos negócios

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de dificuldades para adotar uma tendência para os preços e de escassos negócios. As atenções estiveram voltadas para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na segunda-feira e seu impacto sobre a Bolsa de Chicago. O câmbio mostrou um real forte, prejudicando as exportações e colocando pressão sobre os referenciais domésticos.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 72,00 para R$ 71,50 entre os dias 26 de setembro e 4 de outubro. Em Cascavel (PR), a cotação subiu de R$ 70 para R$ 72,00. Em Rondonópolis, o preço passou de R$ 66,00 para R$ 64,50 no período. Em Dourados (MS), cotação subindo de R$ 63,00 para R$ 65,00, enquanto em Rio Verde (GO) o preços passou de R$ 68,00 para R$ 66,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro passaram de US$ 13,16 para R$ 12,88. Os números do USDA colocaram pressão sobre os preços ao indicarem estoques de passagem acima do esperado pelo mercado. Ao longo da semana, no entanto, o mercado se concentrou no ritmo da colheita da safra americana. Chuvas sobre o Meio Oeste americano estão retardando os trabalhos e provocaram a recuperação parcial dos contratos. As preocupações com o impasse do orçamento americano e a paralisação dos órgãos federais dos Estados Unidos enfraqueceram o dólar frente ao real. A moeda americana recuou de R$ 2,246 para R$ 2,203 na semana, contribuindo para a desaceleração no ritmo dos negócios.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projeta a safra brasileira de soja em 86 milhões de toneladas para a temporada 2013/14. A previsão faz parte do levantamento de agosto da entidade e é a primeira estimativa da entidade para a nova safra.

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MILHO: preços caindo

O mercado brasileiro de milho teve uma semana sem grandes negócios e com preços cedendo regionalmente. Compradores e vendedores estiveram pouco presentes nos negócios. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o comprador possui grande volume de ofertas, aguardando por preços mais baixos para negociar. Já o vendedor está em boa situação financeira e, por isso, aceita, raramente, as pedidas mais baixas dos consumidores. Dessa forma, resta uma constante “queda de braço” que impede que os negócios se concretizem.
As exportações de milho do Brasil renderam US$ 772,8 milhões em setembro (21 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 36,8 milhões. A média é 14,5% maior na comparação com os US$ 32,1 milhões obtidos diariamente em agosto de 2013, quando os embarques de milho haviam rendido US$ 707,1 milhões. Em setembro do ano passado, as exportações totalizaram US$ 846,6 milhões, com média de US$ 44,6 milhões em embarques.
Nesta quinta-feira (03), no porto de Paranaguá, os preços ficaram em R$ 23/24,00 diante da valorização na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). No estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou em R$ 18,50/19,50. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia em R$ 24,00. Em Goiás, preço a R$ 17,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou em R$ 9/12,00.

BOI: preços em alta

No mercado físico do boi gordo brasileiro, a oferta de confinado segue restrita, impossibilitando que os frigoríficos consigam uma boa frente em suas escalas de abate. Esse quadro culminou em nova alta dos preços no Centro-Sul do país no início desta semana.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos não conseguem compor os estoques de maneira satisfatória em um momento em que a demanda está aquecida pelo recebimento da massa salarial. Ou seja, a boa demanda aliada à restrição de oferta deve resultar em considerável alta dos preços durante a primeira quinzena de outubro.
A oferta de confinados é a variável-chave durante o mês de outubro. Apesar da restrição de oferta, a perspectiva é que o maior volume de confinados seja negociado durante o mês de outubro. No entanto esse maior aporte de oferta deve ocorrer durante a segunda quinzena do mês. A média semanal de preços (de 30/09 a 03/10) em São Paulo foi de R$ 110,25. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 106,33. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 106,66. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 104,66. Em Mato Grosso, preço esteve em R$ 95,66. A média semanal no atacado foi de R$ 5,66 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,80 nos cortes de traseiro.

ALGODÃO: produção revisada

O mercado doméstico de algodão encerra a primeira semana de outubro com valorização nos preços. No CIF de São Paulo, a fibra fechou cotada em R$ 2,14 por libra-peso na quinta-feira (03), o que representa alta semanal de 2,39%. Os preços internacionais continuam subindo, em meio a dúvidas sobre a produção e qualidade da fibra nos principais produtores mundiais. A liquidez do mercado interno segue em baixa, reflexo do recuo tanto de compradores, que esperam uma baixa nos referenciais de preços, quanto de vendedores, que acreditam numa alta dos mesmos, dadas as condições do mercado mundial. Números atualizados por SAFRAS & Mercado referentes ao ano comercial 2013/14 apontam para uma produção de 1,315 milhão de toneladas em pluma (safra 2012/13). Anteriormente, o número era de 1,26 milhão de toneladas para a safra 2012/13. Com os estoques de 198 mil toneladas, geram uma oferta nacional de 1,513 milhão de toneladas. O consumo interno é projetado em 920 mil toneladas. Ou seja, num cenário em que se mantenham os estoques de passagem no mesmo patamar em que iniciou a temporada (198 mil toneladas), o comércio internacional terá que apresentar um superávit de no máximo 395 mil toneladas.
Com o país presente em ambas as pontas do comércio internacional, as movimentações dos preços internacionais e do câmbio tendem a refletir na formação de preços domésticos de forma mais direta.

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